80 Anos de Auschwitz: Memória, Solidariedade e o Compromisso com a Humanidade

O presidente do Clube de Engenharia lembra as oito décadas da libertação de campo de concentração nazista e reafirma a importância da memória e da educação para que a ascensão de discursos políticos que ressoam com o autoritarismo e promovem divisões sociais sejam imediatamente identificados e combatidos.

Por Francis Bogossian*

Há 80 anos, em 27 de janeiro de 1945, o mundo testemunhou a libertação de
Auschwitz-Birkenau, o mais emblemático e infame dos campos de concentração nazistas. Mais de 1,1 milhão de vidas, a maioria de judeus, foram cruelmente interrompidas naquele local, que se tornou o maior símbolo da barbárie e do genocídio. Este marco histórico não apenas encerra um capítulo de sofrimento inimaginável, mas também destaca a importância da memória coletiva como uma poderosa ferramenta para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.

Recentemente, líderes globais e sobreviventes do Holocausto reuniram-se para relembrar o significado desse aniversário, compartilhando relatos emocionantes de coragem e superação. Esses depoimentos reforçam a urgência de combater o antissemitismo, a intolerância e o ódio que, infelizmente, ainda persistem em diversas partes do mundo. São vozes que nos alertam para a importância de preservar as lições do passado e de impedir que os erros históricos sejam ignorados ou relativizados.

Em tempos recentes, a ascensão de discursos políticos que ressoam com o
autoritarismo e promovem divisões sociais exige nossa constante vigilância. A memória do Holocausto deve servir como um alerta sobre os perigos da indiferença e das ideologias que buscam normalizar a intolerância e minar as liberdades conquistadas com tanto sacrifício. Por isso, é essencial investir na educação e na conscientização das novas gerações, para que a história seja um guia ético e moral, e não uma repetição de tragédias. Que este compromisso coletivo nos inspire a construir um futuro em que tragédias como Auschwitz nunca mais se repitam.

O Clube de Engenharia manifesta sua profunda solidariedade à comunidade
israelita neste momento de reflexão e memória, prestando tributo às vítimas do Holocausto. Reafirmamos nosso compromisso com a promoção da igualdade, da justiça e do respeito à dignidade humana, reiterando o apoio a todas as iniciativas que busquem combater o preconceito, a discriminação e os discursos de ódio que ameaçam os valores fundamentais de uma sociedade democrática.



Francis Bogossian é presidente do Clube de Engenharia do Brasil

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