Em assembleia realizada nesta segunda-feira (18), os trabalhadores do CEPEL rejeitaram a proposta da ELETROBRÁS para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). No Rio, Furnas e Eletrobrás também já tinham rejeitado a proposta e a Eletronuclear aprovado.
A empresa ofereceu, em um ACT de dois anos, 5% de reajuste retroativo a maio, 4,28% em novembro, 1 talão de tíquete em julho, 1 talão de tíquete em outubro, 9,28% em tíquete retroativo a maio, mesmo valor do reajuste para os demais benefícios e abono de 5 dias parados. Para 2017, a empresa apresentou proposta de IPCA pleno em maio de 2017, 1 tíquete em maio e 1 tíquete a negociar.
Segundo o diretor de negociações coletivas do SENGE-RJ, Gunter Angelkorte, que esteve na reunião com a ELETROBRÁS, a proposta é “o melhor que se pode obter diante do quadro atual”.
“A promessa de reajuste com a inflação em 2017 é positiva. Já temos decisões do TST aprovando reajustes abaixo da inflação, o que representa perda de massa salarial para o trabalhador. Portanto, garantir o reajuste pela inflação já é importante e relevante. Além disso, sabemos que o reajuste de 4,28% esse ano pode representar perda de até 25,68% da massa salarial. No entanto, para quem ganha até R$ 9 mil, essa perda já é recuperada pelo valor dos tíquetes”, explica Gunter.