Em nova rodada de negociação realizada na última quinta-feira (14), em Brasília, a ELETROBRÁS apresentou uma nova proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do setor elétrico. A empresa ofereceu, em um ACT de dois anos, 5% de reajuste retroativo a maio, 4,28% em novembro, 1 talão de tíquete em julho, 1 talão de tíquete em outubro, 9,28% em tíquete retroativo a maio, mesmo valor do reajuste para os demais benefícios e abono de 5 dias parados. Para 2017, a empresa apresentou proposta de IPCA pleno em maio de 2017, 1 tíquete em maio e 1 tíquete a negociar.
Segundo o diretor de negociações coletivas do SENGE-RJ, Gunter Angelkorte, que esteve na reunião com a ELETROBRÁS, a proposta é “o melhor que se pode obter diante do quadro atual”.
“A promessa de reajuste com a inflação em 2017 é positiva. Já temos decisões do TST aprovando reajustes abaixo da inflação, o que representa perda de massa salarial para o trabalhador. Portanto, garantir o reajuste pela inflação já é importante e relevante. Além disso, sabemos que o reajuste de 4,28% esse ano pode representar perda de até 25,68% da massa salarial. No entanto, para quem ganha até R$ 9 mil, essa perda já é recuperada pelo valor dos tíquetes”, explica Gunter.
Na Eletronuclear, a proposta foi aprovada. Na Eletrobrás e em Furnas, no entanto, a proposta foi rejeitada e os trabalhadores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda (18). Na Eletrobrás, diante da rejeição da proposta a empresa emitiu comunicado informando que adotará as providências jurídicas para o pedido de interdito proibitório, bem como de instauração de dissídio de coletivo. Além disso, a Eletrobrás, como forma de retaliação, suspendeu o pagamento da PLR da Eletrobrás, previsto para 20/07, informando que será pago até 31/12.
A assembleia do Cepel será realizada nesta segunda-feira (18).