FURNAS: trabalhadores fazem paralisação de 3 dias

Trabalhadores decidiram paralisar as atividades entre terça a quinta-feira

Na última assembleia ocorrida em Furnas (11) foi deliberada a reprovação da proposta enviada pela Eletrobrás, a não suspensão do movimento grevista, e paralisações nas terças, quartas e quinta. Além disso, também fica marcada uma nova assembleia na sexta-feira (15) para avaliação da situação e deliberação pela continuidade, suspensão ou mudança na formatação da greve. A assembleia será realizada após a apresentação de uma nova proposta pela empresa, realizada em reunião em Brasília na quinta (14).

Os trabalhadores de Furnas consideraram que a proposta enviada pela Eletrobrás configurou mais uma manobra protelatória visto que não apresentou os avanços mínimos esperados pela categoria. A empresa inseriu o corte de ponto dos dias de greve e dividiu a aplicação do reajuste salarial (abaixo do IPCA) em quatro parcelas. Somente na primeira parcela houve previsão de pagamento retroativo à data-base, configurando uma perda entorno de 30% de uma folha salarial, até janeiro de 2017. E após janeiro, 1% de perda por mês para o resto da vida.

Para o representante sindical em Furnas, Felipe Araújo, por essa nova proposta “protelatória e ofensiva”, contendo reajuste abaixo do IPCA e ameaça de corte de ponto foi consenso da base que a mesma deveria permanecer paralisada e, portanto, indo contra a aprovação do encaminhamento de suspensão do movimento de greve.

Felipe explica que ainda permanece o entendimento de que a paralisação de 72h separada dos finais de semana, ou seja nas terças, quartas e quintas, é o formato de greve mais eficaz e adequado nesse momento. A adoção de novos formatos nas próximas etapas do movimento grevista está sendo constantemente debatida nas redes sociais, que tem sido o ambiente para aperfeiçoar ideias, trocar experiências entre as diferentes áreas da empresa, informar e elucidar dúvidas, recrudescer o movimento, e, principalmente, tornar a negociação mais transparente. Ele afirma, no fim, que os trabalhadores seguem na luta e aguardam a próxima proposta da empresa.

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