O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ) repudia a prisão de cinco dirigentes sindicais na tarde do dia 05 de julho, em frente à Eletrobrás. Entre eles, estava o diretor do SENGE-RJ, Eduardo Ramos Duarte, que é engenheiro na empresa. Os trabalhadores participavam de um ato contra as decisões arbitrárias da empresa, que acarretará perdas financeiras para os empregados.
A ação de acionar forças policiais contra representantes dos trabalhadores, ordenada pelo diretor administrativo, Alexandre Aniz, reflete como o governo golpista e ilegítimo pretende seguir suas políticas e sua relação com a classe trabalhadora.
Também foram presos Dejalmar Pinho (Sindicato dos Administradores), Eduardo Ferreira (AEEL), Emanuel Mendes (Sintergia) e Sidney Pascotto (Sindicato dos Economistas). Todos foram levados para a 5ª DP. O advogado do SENGE-RJ acompanhou os dirigentes sindicais e afirmou que o delegado enquadrou o acontecimento como “fato atípico”, ou seja, que nenhum crime foi cometido. Advogados dos outros sindicatos também estavam presentes.
Em assembleia, os trabalhadores do setor elétrico decidiram entrar em greve por 72 horas, entre os dias 04 e 06 de julho. O ato da manhã desta terça-feira fazia parte das manifestações realizadas diariamente durante a paralisação. Isso demonstra que a atitude da Eletrobras é arbitrária, provocativa e com objetivo de intimidação.
O SENGE-RJ repudia a ação da direção da Eletrobras. Um fato como esse reflete a atitude antidemocrática que vem tomando conta do Brasil. É uma vergonha que trabalhadores sejam presos durante um protesto legítimo por melhores condições de trabalho e por uma empresa pública que atenda às necessidades da população brasileira. Os trabalhadores não irão se intimidar.