Por SENGE-RJ
Os trabalhadores das bases da Eletrobras no Rio de Janeiro decidiram paralisar as atividades por 72h a partir de 8 de junho (quarta-feira), caso a empresa cancele a reunião de negociação marcada para o dia. A medida foi aprovada em assembleias realizadas durante a semana passada.
Os funcionários da Eletrobras se reuniram no dia 1º às 12h na sede da Associação de Empregados da Eletrobras (AEEL). Já na Eletronuclear, a assembleia ocorreu às 13h, e o indicativo do CNE foi aprovado por unanimidade. Os funcionários do CEPEL também aprovaram a paralisação por unanimidade, em encontros realizados às 8h30 em Adrianópolis e às 12h30 no Fundão. Além disso, os trabalhadores ressaltaram a importância de pensar em outras ações caso a reunião aconteça e a Eletrobras apresente uma contraproposta muito inferior às reivindicações da categoria. Por isso, a próxima assembleia já foi marcada para o dia 9 de manhã, quando poderão avaliar os próximos passos do movimento.
Os trabalhadores da base Rio de Furnas também aprovaram a paralisação, por 30 votos a 17. Na assembleia, realizada às 18h do dia 2/6, também decidiram iniciar uma ação judicial contra o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), referente ao pedido de listagem dos funcionários e seus respectivos salários. Segundo Gunter Angelkorte, diretor de negociação coletiva do SENGE-RJ, a assembleia transcorreu bem, com espaço de fala para todas e todos. Ele lembra que só foi possível discutir as metas operacionais da PLR, uma vez que até hoje a Eletrobras ainda não divulgou os resultados dos parâmetros para as metas financeiras. A próxima assembleia acontecerá na porta de Furnas em Botafogo no dia 9/6.
Gunter ressalta que, além das pautas salariais, os trabalhadores seguem mobilizados contra a privatização do setor elétrico. ”Queremos que a Eletrobras finalmente sente à mesa conosco, após ter cancelado três negociações. Que apresente uma proposta capaz de contemplar a manutenção dos benefícios e o índice de correção de benefícios e salários com base no IPCA. E que se comprometa a não seguir em frente com o projeto de privatização do setor elétrico, que é uma das lutas mais importantes do momento”, afirma o engenheiro.