O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) se reuniu novamente, no dia 27/4, com a direção da holding Eletrobras, no Rio de Janeiro, para dar continuidade nas negociações do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2015. Uma primeira reunião havia acontecido no dia 14, quando os trabalhadores solicitaram maior transparência nos dados da empresa e nos índices que são levados em consideração para o cálculo da PLR (veja mais aqui)
Houve, no entanto, pouco avanço na discussão da PLR, de acordo Gunter Angelkorte, diretor da Fisenge presente na ocasião. “Na reunião os diretores da Eletrobras apresentaram os detalhes do balanço financeiro, mas ficará para a próxima semana a definição dos resultados operacionais e econômicos-financeiros, necessários para se definir qual será o montante da PLR”, afirmou ele. Segundo Gunter, a Eletrobras sinalizou que pretende fazer negociações nos pesos dos parâmetros que definem a PLR, possivelmente desrespeitando os trabalhos da comissão paritária designada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2015, que definiu que o pagamento da PLR não pode estar totalmente vinculado à lucratividade da empresa — a Eletrobras anunciou prejuízo recorde de quase 15 bilhões no ano passado (leia mais aqui).
Na reunião, o CNE entregou ao Diretor Financeiro da Eletrobras, Armando Casado, a pauta dos trabalhadores para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016-2017. A avaliação do movimento sindical é de que é necessário manter como norteadores da pauta a manutenção dos benefícios e dos direitos conquistados pelas categorias. A FNU enviou ofício à Eletrobras solicitando que a 1ª e 2ª rodadas de negociações do ACT sejam marcadas, respectivamente, para os dias 5 e 10 de maio. Na 2ª rodada, a Eletrobras deve apresentar contraproposta às pautas dos trabalhadores.