A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (13) que responsabilizou Vale, a Samarco, a VogBR – que emitiu laudo liberando a barragem do Fundão – e mais sete executivos pelos crimes ambientais decorrentes da ruptura da barragem na cidade de Mariana (MG), em novembro do ano passado
De acordo com a PF, os indiciados causaram poluição em níveis que resultam “ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, como descrito no artigo 54 na Lei de Crimes Ambientais.
O único nome divulgado pela polícia foi o do diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. Os cargos dos executivos da Samarco, porém, foram tornados públicos: o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente geral de projetos e responsável técnico pela barragem de Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações, e o engenheiro da VogBR que responsável pelo laudo que declarou a estabilidade da barragem em 2015.
Posição
A Samarco disse em nota que não concorda com os indiciamentos porque “até o presente momento não há uma conclusão pericial técnica das causas do acidente”. A Vale e a VogBR não se pronunciaram. A PF afirmou que outros indiciamentos podem ocorrer durante a investigação.
