Os trabalhadores de Furnas aprovaram, por 328 votos a favor e 88 contra, a proposta de Participação de Lucros e Resultados (PRL) elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A assembleia foi realizada na última quinta-feira (02), na sede da empresa em Botafogo.
Um dos pontos da proposta é a manutenção da uma comissão paritária para discutir a PLR nos próximos anos. Cada empresa terá um representante nesta comissão. Durante a assembleia, os trabalhadores já começaram a conversar sobre quem seria o representante de Furnas.
A discussão da PLR foi para o TST porque a base Rio rejeitou a última proposta da Eletrobras, em assembleia realizada no dia 22 de junho. Após isso, mesmo com a recusa, as bases decidiram sair da greve, que já durava mais de 20 dias.
Para o diretor do SENGE-RJ Miguel Sampaio, todo o processo foi importante por mostrar a força dos trabalhadores de Furnas. Para ele, o maior problema foi a desinformação.
“Não houve muito espaço para discussão, entre os trabalhadores, da proposta, o que acabou gerando muitas dúvidas. A greve, necessária para acelerar as negociações com a empresa, dispersa e acaba prejudicando as discussões mais profundas sobre as propostas apresentadas. Por isso essa confusão de achar que a proposta inicial estava com os parâmetros definidos, quando ela também já previa uma comissão paritária para discutir os próximos anos”, afirma Miguel.
O engenheiro Fabio Amaral, funcionário de Furnas, também acredita que o processo foi produtivo.
“O pessoal que não estava acompanhado as coisas passou a acompanhar, colocar suas questões”, acredita ele.