Fonte: CUT-RJ
As eleições para a presidência da República forma marcadas por mentiras, preconceitos e manipulações por parte da direita brasileira. Dois projetos estavam em disputa: de um lado, um projeto comprometido com o aprofundamento da democracia e as causas populares; do outro, se alinharam as forças do atraso tentando trazer de volta o neoliberalismo.
Parte da população viveu o vendaval neoliberal dos anos 90, mas um grande contingente da população, formado pelos jovens, não. Demissões, privatização, arrocho salarial, esvaziamento do mercado interno e destruição da política industrial brasileira foram algumas das consequência da adoção da doutrina neoliberal. Hoje, com um mercado interno robusto, ampliamos de forma significativa a oferta de empregos e fortalecemos as políticas de distribuição de renda.
Na luta para promover uma volta ao passado, os conservadores não hesitaram em lançar mão da disseminação do ódio nas eleições. Os meios de comunicação abraçaram essa estratégia estampando notícia sobre corrupção e moralismo. Destacamos que a corrupção é sistêmica e estrutural e tem origem nos setores privados nacionais e internacionais. Mas a direita e seus porta-vozes no monopólio da mídia se apropriam de um falso discurso anticorrupção com o único objetivo de atingir seus adversários políticos.
É preciso ter coragem para enfrentar a raiz do problema e fortalecer mecanismos de controle social para erradicar a corrupção. Todas as tentativas do governo federal nesse sentido, como a Política Nacional de Participação Social, foram repudiadas pelos setores conservadores e pela mídia.
A campanha visando a desmoralização da Petrobras é um exemplo de manobra que o capital sempre executa. Ele mira, com toda certeza, a privatização da Petrobras. A história do Brasil é uma história de golpes. Precisamos estar atentos à movimentações dos golpistas que não se conformam com a derrota de 26 de outubro.
Nesse cenário, compreendemos que é dever dos movimentos social e sindical fortalecer duas agendas estratégicas: a reforma política e a regulação dos meios de comunicação. A nossa tarefa história é assumir a dianteira dessa luta. Não podemos ficar reféns dos latifundiários, banqueiros e grandes empresários, cujos representantes são maioria no Congresso Nacional.
O campo da esquerda precisa, mais do que nunca, afirmar a unidade entre seus pares e formular um projeto próprio que enfrente o avanço da direita e tenha a capacidade de dialogar e disputar o conjunto da sociedade. A reforma política, com Constituinte exclusiva e plebiscito popular, é um passo fundamental para a construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária.