Movimentos sindicais se unem no mundo todo contra o ataque a civis em Gaza

Cresce a mobilização mundial de trabalhadores pelo fim do genocídio promovido por Israel em Gaza. Em meio a milhares de manifestações e atos em diversos países pedindo o cessar-fogo imediato e a libertação de reféns, o movimento sindical vem se destacando, colocando sua militância em prática, tanto para somar à pressão quanto de forma ativa, paralisando o envio de equipamentos militares para Israel.

Hoje (17/11), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Central Única dos Trabalhadores (CUT), CSP Conlutas, Sindicato dos Metroviários de SP se uniram ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e outros movimentos sociais e partidos em manifestação em frente ao Consulado de Israel, em São Paulo

Na Colômbia, a mobilização vem dos trabalhadores da indústria do carvão. O Sintracarbón propôs ao governo de Gustavo Petro a interrupção de todas as exportações de carvão e qualquer outro mineral a Israel enquanto não cessarem os ataques a civis em Gaza. Em comunicado, o sindicato repudiou “qualquer ação que fira civis, ainda mais crianças, idosos e mulheres que estão sendo massacrados pela resposta do governo israelense à infame e covarde ação de um grupo que não representa a totalidade do povo palestino”.

Desde outubro, trabalhadores organizados de todo o mundo vêm agindo diretamente no boicote ao genocídio do povo palestino. Segundo a Reuters, diversos sindicatos de transportadores e de trabalhadores de logística de aeroportos de Bruxelas, na Bélgica, vêm se recusando a embarcar carregamentos de armas e equipamentos militares com destino a Israel. 

Já em Barcelona, na Catalunha, os sindicatos de trabalhadores portuários também paralisaram o transporte de armas para Israel. Em nota, a Organitzacio D’Estibadors Portuararis de Barcelona declarou que “decidiram não permitir qualquer atividade em nossos portos que contenham equipamentos militares, com o único propósito de proteger qualquer população civil em qualquer território. Nenhuma causa justifica o sacrifício de civis”. 

Sindicatos de Sydney, na Austrália; Atenas, na Grécia e Terma, na Dinamarca também se uniram ao movimento global pelo cessar-fogo. No Reino Unido, trabalhadores de fábricas responsáveis por componentes de aeronaves F35, usadas para bombardear Gaza, cruzaram os braços.  

O movimento acontece, inclusive, nos Estados Unidos, principal aliado de Israel no assassinato de inocentes em reação militar ao atentado terrorista do Hammas. Em Washington, portuários bloquearam o trajeto de um navio que carregava armas para Israel.


Texto: Rodrigo Mariano
Foto: PAME – All workers Militant Front – Grécia
Com informações da Agência Brasil, Reuters, Al Jazira, Peoples Dispatch, Brasil de Fato, Business & Human Rights e Novara Media

Pular para o conteúdo