Fonte: Assessoria
Resultado do Ato Público, promovido na última quinta-feira, 30 de outubro, pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), o manifesto por eleições limpas e transparentes no sistema Confea/Crea, reverberou a indignação da categoria diante da impugnação de todas as candidaturas de oposição à administração atual da autarquia federal e seus aliados nos conselhos regionais em todo o país. A reunião lotou o auditório do Senge-RJ e contou com a presença de profissionais, representantes de empresas do setor e lideranças dos movimentos sociais no estado.
Oficialmente de volta à disputa pela presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de janeiro (Crea-RJ), Luiz Antonio Cosenza, defendeu a suspensão do pleito em favor da moralização urgente do processo eleitoral. De acordo com ele, além da campanha difamatória, as impugnações atendem a diversos interesses de ordem política e econômica. “Assim como eu, todos vão conseguir reverter essas decisões judicialmente, mas o prejuízo com o tempo perdido e o desgaste de imagem se mantém. E há muito mais coisas em jogo, como, por exemplo, imprimir e distribuir a revista mensal do Crea-RJ somente com a propaganda da situação. Outra informação importantíssima é o fato de que as contas dos últimos três anos do Crea-RJ serão auditadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Então, eles precisam se manter no poder”, analisou.
Já, Fernando Anibolete, que ainda não conseguiu a liminar para voltar a concorrer à direção do Crea-RJ, exigiu isonomia em relação aos outros candidatos. Ele também abordou a necessidade de se verificar procedimentos inadequados de uso da máquina em benefício da candidatura apoiada pela gestão atual. “Confesso que achei que eles não seriam tão irresponsáveis a esse ponto. Quem entrar precisará enfrentá-los, porque as forças a serem combatidas no Confea e no Crea são poderosas”
Candidato à diretoria geral da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-RJ, Paulo Cesar Granja conclamou a todos os presentes a assumir um compromisso com a mudança necessária. Granja enfatizou a necessidade de se informar corretamente sobre a situação a todos os votantes, técnicos e engenheiros. “O mais importante é que a campanha de todos os candidatos esteja na rua. A gente tem que mostrar a verdade a todos os companheiros”
Reiterando o repúdio à manipulação do processo, Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge- RJ reafirmou a importância ética e política da anulação destas eleições. Para ele, uma candidatura garantida por liminar já está implicitamente fragilizada. “É inadmissível que o nosso conselho seja gerido dessa forma. Não podemos aceitar isso como fato consumado. Conseguir as liminares é o movimento correto, mas teremos que brigar por eleições limpas até o fim” afirmou ele.
À frente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Engenheiros (Fisenge), Clovis
Nascimento, salientou o fato de o sistema Confe/Crea ainda contar com cédulas de papel e urnas de lona para escolher seus dirigentes. “É uma vergonha, não satisfeitos com esse anacronismo, ainda se utilizam dessas manobras para alijarem do contexto seus adversários. A Fisenge está junto com o Senge- RJ nessa luta”, disse o presidente.
O encontro mobilizou a categoria e construiu alianças para fazer soprar novos ventos sobre o sistema Confea/Crea. Com apoio unânime dos presentes, o documento produzido congrega o posicionamento comum de diversas lideranças atuantes em todos os segmentos da engenharia e agronomia no estado do Rio de Janeiro.