Os eletricitários do Rio de Janeiro fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (24), na porta da Eletrobras. Cerca de 500 trabalhadores participaram da marcha, que foi da sede da empresa, na Avenida Presidente Vargas, até a Cinelândia.
Os eletricitários estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 15. Para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014, os trabalhadores pedem a reposição de 6,58%, mais 3% relativo ao crescimento do consumo de energia residencial nos últimos meses, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No entanto, a empresa propõe um reajuste salarial de 6,5%, referente apenas à reposição da inflação dos últimos 12 meses, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A empresa não oferece ganho real.
Além disso, a Eletrobras também quer o congelamento do Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e alteração na porcentagem que pagamento do plano de saúde. O trabalhador deixaria de pagar 10% e passaria a pagar 50%. Outro ponto proposto pela Eletrobras é a aplicação do novo cálculo de periculosidade, que leva em consideração o salário base e não a remuneração completa do trabalhador.
O diretor do Senge-RJ Miguel Sampaio critica essas propostas da Eletrobras e afirma que elas são inegociáveis. “São conquistas históricas da categoria”, afirma.
Os trabalhadores criticam a posição da empresa e afirmam que a Eletrobras está penalizando os eletricitários pelas perdas financeiras, relativas à Medida Provisória (MP) 579. Com a renovação das concessões, a empresa perdeu cerca de R$ 9 bilhões em receita anual.