O atual secretário de transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, se reuniu com diretores do Senge-RJ e engenheiros da CET-Rio. O encontro foi realizado nesta quinta-feira (11), na sede do sindicato.
O objetivo era encontrar uma solução para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2012/2013 da empresa, que ainda não foi assinado. No ano passado, a direção da CET-Rio colocou na proposta uma cláusula afirmando que implementaria o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) a partir de setembro, “zerando eventuais avaliações anteriores não implementadas”.
Na época, o diretor de negociações coletivas do Senge-RJ, Gunter Angelkorte, afirmou que o Sindicato não poderia assinar o Acordo porque a cláusula configurava renúncia de direitos. Por isso, o ACT não foi fechado e os engenheiros não receberam o PCCS. Todos os demais outros funcionários da empresa estão recebendo receberam o benefício, exceto os engenheiros. O PCCS existe desde 2001.
Direitos
Na reunião, Osório afirmou estar “preocupado” com o fato dos trabalhadores não estarem recebendo os benefícios que têm direito. No entanto, ele disse que “a CET-Rio não é uma empresa completamente independente” e que “está subordinada à administração da Prefeitura”.
“Não conseguimos reconhecer esse passivo porque qualquer coisa impacta. Temos uma dificuldade orçamentária e problemas institucionais”, afirmou Osório, que não apresentou nenhuma solução para o problema.
O presidente do Senge-RJ afirmou, no entanto, que a complementação da cláusula não impacta no orçamento da empresa.
“É algo que se pode ou não ganhar na Justiça. Mas nós queremos o direito de reivindicar”, defendeu Olímpio.
“A empresa já se deu por derrotada”, criticou o diretor do Sindicato Clovis Nascimento.
“O que nos constrange é a complementação da cláusula do ACT. Não queremos deixar de lutar por aquilo que achamos que podemos receber ou não”, afirmou Vera Bacelar, representante sindical na CET-Rio.
Gunter Angelkorte destacou ainda:
“Estamos falando de um direito constitucional. Qualquer pessoa tem o direito de recorrer à Justiça. Não podemos esquecer que o funcionário da CET-Rio é, antes de tudo, um cidadão”.