Funcionários da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) voltaram às suas atividades nesta terça-feira (02/04) após 24h de greve. A paralisação se iniciou pela falta da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com vigência 2012/2013. A greve foi aderida por todos os colaboradores da unidade de Resende, permanecendo em suas funções apenas os trabalhadores de serviços essenciais das áreas de produção e administração. Alguns funcionários das unidades de Caetité (BA), Poços de Caldas (MG) e Buena (RJ) também aderiram a paralisação.
A greve terminou diante da proposta da nova diretoria que alegou ser necessário 30 dias, a contar do do fim da paralisação, para analisar as reivindicações do ACT. Após assembleia, realizada na portaria da empresa, os 400 funcionários que participaram do ato, votaram por suspender a greve.
De acordo com o Fábio Noronha de Salles, diretor da Delegacia Regional de Resende, “os grevistas ficaram divididos quanto à votação do término da greve devido à demora do acordo que foi entregue em outubro do ano passado . Mesmo que os sindicatos se antecipassem na entrega da documentação, não houve resposta da antiga diretoria às reivindicações. Como essa diretoria tomou posse na sexta-feira (29/03), os trabalhadores deram um voto de confiança, agindo com boa vontade e espírito democrático até mesmo porque é preciso observar como eles vão resolver essa situação”.
“Em resultado apertado, que refletiu o grau de insatisfação reinante, prevaleceu a boa vontade e o espírito democrático dos trabalhadores, que decidiram pelo o retorno ao trabalho, mantido o estado de greve até a análise da proposta”, conta o diretor.
As solicitações dos funcionários são: revisão do índice de reajuste salarial, que garanta aos empregados um ganho real; concessão do vale alimentação e ampliação do número de representantes sindicais de sete para nove.