O diretor do Senge-RJ Agamenon Oliveira participou, nesta quinta-feira (21), do programa Faixa Livre. Durante a entrevista, Agamenon destacou a importância da articulação entre os movimentos sociais para acabar com a corrupção do Brasil.
“A mudança nunca vai ser feita de dentro para fora. O sistema sempre vai tentar se proteger para não mudar nada. A articulação deve ser feita entre os movimentos sociais, a mudança tem que acontecer de fora para dentro”, defende o diretor do Senge-RJ, que citou como exemplo a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. “Ele mudou a lei apenas para ser reeleito”.
Agamenon, que também é diretor da Federação Interestadual de Sindicato dos Engenheiros (Fisenge), foi convidado para o programa depois de participar do seminário “A reforma política no Brasil”, realizado no dia 8 de março em Aracaju (SE). Realizado pela Fisenge, o seminário debateu a luta contra contra a corrupção e uma reforma no sistema político brasileiro.
Ouça o programa completo abaixo:
Fisenge lança documento pela radicalização da democracia
Após o seminário, a Fisenge lançou um documento pela radicalização da democracia brasileira. Integrante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a entidade defende que “a reforma do sistema político ultrapassa os muros do Congresso e da vida partidária, tendo como protagonista central a soberania popular”.
A Fisenge afirma ainda que um “Estado público e democratizado só é possível por meio de participação cidadã, mobilização popular e controle social”.
“Entendemos que é preciso ir além da reforma do sistema eleitoral brasileiro e refletir sobre o controle popular do Estado e a efetivação do artigo 14 de nossa Constituição, que versa sobre a soberania popular, por meio da realização de plebiscitos, referendos e iniciativa popular”, acredita a entidade.
No documento, a Fisenge critica também a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas famílias.
“Neste contexto, também é fundamental a democratização dos meios de comunicação e da informação, uma vez que poucas famílias controlam a mídia no Brasil, configurando o oligopólio da comunicação. A concentração de propriedade desses veículos vai na contramão da democracia e dificulta a capacidade de formulação crítica da sociedade, por meio da manipulação casuística da informação”, afirma.
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