Segundo ata da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o Brasil registrou entre 2.258 e 2.2670 falhas de energia nos últimos cinco anos. O documento, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, mostra que 11,8% das falhas resultaram nos chamados cortes de carga, conhecidos como “apagões”.
O relatório afirma que as principais causas de falhas são “condições climáticas diversas”. No entanto, o diretor do Senge-RJ Agamenon Oliveira, defende isso só aconteceria se fossem condições climáticas muito extremas.
“Somente condições extremas derrubariam o sistema caso ele estivesse com sua manutenção em dia. Acredito que a maioria dos problemas estão relacionadas à falta de manutenção do sistema e a falta de investimento em novos equipamentos”, afirma o diretor, que trabalha no Centro de Pesquisas Energia Elétrica (Cepel).
Agamenon defende ainda que as mudanças implementadas pela Lei 12.783 poderão aumentar ainda mais as falhas de energia.
“Se já existe falta de manutenção hoje, isso ficar mais crítico com a lei, que diminuirá a capacidade de investimento das empresas”, critica o diretor. “Pode-se chegar até a casos de racionalização de energia e, em situações extremas, ao racionamento”.