O Jornal Nacional errou, no dia 17/11, ao noticiar um suposto “rombo” de R$ 5,6 bilhões nas contas das empresas estatais brasileiras em 2023. Segundo o grupo Globo, o déficit em 2023 viria depois de anos de superávit. Entre as empresas apontadas como deficitárias estão a Eletronuclear, Sepro e Dataprev.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, esclareceu que o suposto “rombo” não existe. “O Tesouro não vai ter de cobrir déficit de estatais. Não existe ‘rombo’, o que existe são investimentos com recursos que as empresas já têm em caixa”, explicou.
Entre os muitos enganos da notícia estavam as contas “deficitárias” da Eletronuclear, Sepro e Dataprev. Calculadas com receitas e despesas de cada ano, as contas não consideram os recursos em caixa dos anos anteriores. No caso da Eletronuclear, a previsão de déficit de R$ 3 bilhões estava prevista desde o governo Bolsonaro, graças à privatização, a toque de caixa, da Eletrobras.
Incluídas no balaio da desinformação do grupo Globo, Sepro e Dataprev negaram os dados publicados. Em nota, a Dataprev apontou que, “a partir de dados atualizados de seus resultados financeiros, a expectativa para 2023 é de um lucro próximo a R$ 500 milhões e um resultado primário positivo de R$ 26 milhões”. Também por nota, o Sepro apresentou dados que apontam exatamente o contrário do que diz a matéria: “Temos projeções para o final do exercício de 2023 de resultado líquido em torno de R$ 402 milhões e superávit orçamentário acima de R$ 500 milhões”.
A nota ainda pontuou que “o Sepro não faz parte do Orçamento Geral da União desde 2004 e, portanto, a associação da marca por meio da utilização de imagens de sua fachada no contexto de uma reportagem sobre aporte da Secretaria do Tesouro Nacional não condiz com a realidade”.
Texto: Senge RJ*
Foto: Rafa Neddmeyer/Agência Brasil
*com informações da Fórum, Dataprev, MGI