Nota à imprensa sobre a greve dos trabalhadores da EPE
Os trabalhadores da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estão em greve desde o dia 4 de novembro. Após sucessivas tentativas de negociação, que se arrastam desde maio de 2015, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015-2016 ainda não foi fechado.
A cada ciclo de negociação, os trabalhadores enfrentam dificuldades no diálogo com a diretoria da EPE, mesmo para propostas do escopo não econômico, que visam a melhoria das condições internas de gestão. A empresa solicitou o arquivamento do processo de mediação pelo Ministério Público e enviou diversos comunicados em tom de ameaça aos trabalhadores, demonstrando intransigência e recusa em negociar com o movimento grevista.
O corpo técnico reivindica um sistema de gestão corporativa, capaz de estruturar um ambiente organizacional saudável, que possibilite a valorização do funcionário. Hoje, não existe um Plano de Cargos e Salários efetivo que estimule o desenvolvimento e a progressão do trabalhador. O resultado se traduz em um quadro de falta de perspectiva profissional e de alta rotatividade que compromete a eficiência da empresa e a qualidade das atividades desenvolvidas.
Criada em 2004 para subsidiar o planejamento energético nacional, a EPE tem importância estratégica para o país. A empresa é responsável pela elaboração de diversos estudos, como os planos de energia de longo prazo e os estudos para licitação da expansão da transmissão. Além isso, cuida da análise e habilitação técnica dos projetos concorrentes aos leilões de energia, como o A-1 e o A-5, cuja realização pode ficar comprometida diante da recusa da empresa em negociar com os trabalhadores.
SERVIÇO:
Representante sindical do SENGE-RJ na EPE, Euler João: (21) 98705-7772
Diretor do SENGE-RJ, Agamenon Oliveira: (21) 99976-2325