A mobilização dos sindicatos das intersindicais Interfurnas e BaseRio e a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras sobre o seu papel em momento de decisão que definirá como serão as negociações dos seus direitos daqui para frente garantiram a continuidade da luta.
Em grande assembleia, 72% dos funcionários votaram pela rejeição da proposta protocolada pela empresa no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o retorno ao estado de greve, suspenso por orientação do ministro Mauricio Godinho Delgado do TST em junho.
Entre os obstáculos, até então intransponíveis, estão a demissão em massa de cerca de dois mil trabalhadores, a não reposição da inflação nos salários – em contraste com salários milionários pagos a diretores e conselheiros – e a anuência com uma nova arquitetura salarial que a empresa se recusa a apresentar. Após meses de esforços das lideranças sindicais, a diretoria segue exigindo um cheque em branco. Os trabalhadores e trabalhadoras, resistem.
“A decisão soberana da assembleia será levada à direção da Eletrobras e os próximos passos serão comunicados por informes, sendo certo que a rejeição da categoria à proposta não significa que estejamos fechados ao diálogo, mas que nos moldes em que foi apresentada, está inaceitável”, destaca o Boletim Linha Viva de hoje.