Alerta vermelho: R$ 19 bilhões da Real Grandeza sob forte ameaça!

Nova investida do Grupo Eletrobras coloca em risco patrimônio dos participantes e assistidos

Os R$ 19 bilhões administrados pela Fundação Real Grandeza estão novamente sob forte ameaça! A direção da nossa FRG anunciou em sua página na internet que está já está em curso o processo de cisão do Plano BD entre participantes vinculados à patrocinadora Furnas e participantes vinculados à Eletronuclear.

Na prática, a medida visa segregar as massas para levar a maior parte do patrimônio (Furnas) para uma nova estrutura repleta de incertezas, gerida pela direção da Eletrobras privada e sob a égide da Lei Complementar 109, ou seja, sem paridade justa nos colegiados entre ativos e assistidos x patrocinadores.

Trocando em miúdos, nós que somos os donos da FRG, perdemos a gestão do patrimônio. Mais ou menos o que o Conselho Deliberativo nos impôs no CIRG, só que agora em um grau de risco bem maior.

NO APAGAR DAS LUZES DE 2024, ELETROBRAS TENTOU EMPLACAR NOVO PRESIDENTE NA FRG!

Se não fosse pouca a ameaça de cisão do Plano BD, a Eletrobras e o grupo 3G Radar, liderado por Jorge Lemann, articulam uma nova estratégia: a indicação de Rodrigo Sória para a presidência da Fundação Real Grandeza. Ex-presidente do Conselho Deliberativo e atual suplente do presidente do Conselho Caio Pompeu de Souza, Sória é conhecido por sua obstinação carreirista e por seu alinhamento histórico com interesses externos à Fundação. E a postura servil à direção da Eletrobras.

Durante sua gestão no Conselho Deliberativo, Rodrigo Sória deixou marcas controversas e muito suspeitas. Suas características marcantes são de relacionamento conflituoso com o corpo técnico da Real Grandeza, críticas agudas e descabidas a todos os processos da Fundação na velha política do quanto pior, melhor; constantes desqualificações à diretoria executiva, área de riscos e Diretoria de Investimentos; uso sistemático de auditorias como instrumento de perseguição; ausência de diálogo com participantes e ignorância soberba às inúmeras tentativas de diálogo das entidades sindicais.

Nos últimos dias de dezembro de 2024, uma manobra muito suspeita chamou a nossa atenção: o presidente do Conselho Deliberativo, Caio Pompeu de Souza, apresentou Rodrigo Sória como indicado da Eletrobras para suceder Sérgio Wilson, ignorando o processo seletivo – procedimento até então considerado obrigatório para todas as diretorias da Real Grandeza.

Para contextualizar: diretores anteriores da Diretoria de Investimentos e da Diretoria de Administração da FRG passaram por rigoroso processo seletivo mediante ao Conselho Deliberativo. Inclusive, diretores em processo de recondução, precisaram participar deste processo seletivo. Processo seletivo aliás, que foi normatizado e sempre foi muito elogiado por este Conselho Deliberativo. O que mudou? Por que agora na indicação de Rodrigo Sória, as regras foram por conveniência ignoradas? Por que agora vale o Quem Indica da Eletrobras? Meritocracia?

PRESSÃO E INTIMIDAÇÃO

A situação torna-se mais grave com indícios de pressão sobre conselheiros. A Eletronuclear, enfrentando crise financeira, sofre ameaças veladas de retaliação caso não apoie as indicações da Eletrobras. O conselheiro Luiz Henrique da Silva, representante da Eletronuclear, chegou a interromper suas férias para garantir mais um voto em Rodrigo Sória. Tudo isso no apagar das luzes de 2024!

O PERIGO DOS R$ 19 BILHÕES. POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR?

O grupo 3G Radar, atual controlador da Eletrobras que indicou e articulou a manobra que pode levar Rodrigo Sória à presidência da FRG é especializado em operações de investimento de alto risco, tem histórico de cobrar altas taxas de administração nas carteiras administradas e se notabiliza por operações complexas de difícil rastreamento.

Nesse caso, nossos riscos potenciais são de transferência de recursos para gestores externos, taxas de administração onerosas, resultados aquém do potencial real, operações aparentemente legais, mas prejudiciais ao patrimônio dos participantes e assistidos. E tudo isso sob uma governança frágil e combalida em uma estrutura desconhecida.

SINAIS DE ALERTA

Mudanças recentes sob influência de Sória já indicam o direcionamento. A desnecessária reforma do Comitê de Investimentos com exclusão de representantes dos participantes e assistidos; o aumento injustificado de cadeiras no Comitê de Auditoria, durante o processo de seleção que escolheu Luciana Fernandes Neves, exsecretária do Conselho Fiscal na FRG, na época que Sória fazia parte do colegiado, além de uma série de nomeações questionáveis para posições estratégicas.

MOBILIZAÇÃO NECESSÁRIA

Foi feito um pedido de vistas no Conselho que freou momentaneamente a manobra sorrateira para levar Rodrigo Sória à presidência da FRG, o que pode significar o fim da nossa Fundação. Por isso, o momento exige atenção e mobilização de todos. A proteção dos nossos R$ 19 bilhões depende da nossa vigilância constante e da resistência organizada contra manobras que possam comprometer o patrimônio construído ao longo de décadas.

Permaneçam atentos e mobilizados! A hora é de agir!

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

Fonte: Boletim do Fórum Permanente dos Participantes e Assistidos da Fundação Real Grandeza

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