Eletronuclear entra em greve: paralisação por 24 horas no Rio e por tempo indeterminado em Angra dos Reis

A greve não põe em risco a operação nem a segurança das usinas nucleares, uma vez que as atividades essenciais são mantidas, conforme previsto em protocolos internos e normas regulatórias do setor.

Os funcionários da Eletronuclear entraram em greve nesta terça-feira, 8 de abril. Os trabalhadores paralisaram as atividades em protesto contra o não pagamento da data-base, que está atrasada há quase três anos. A Eletronuclear deve aos trabalhadores 6,76%, referentes a 100% do IPCA de 2022, além de 3,69% relativos ao IPCA de 2023/2024. Esse percentual deveria ser aplicado sobre cada salário e benefício.

Os sindicatos que representam os trabalhadores denunciam que a empresa pretende revogar instruções normativas que garantem 25 benefícios, o que permitiria alterações nas condições de trabalho sem discussão prévia em assembleia. Outro ponto de impasse é a exclusão de representantes sindicais da comissão de dispensa coletiva, questão que segue sem solução.

A base da Eletronuclear em Angra dos Reis, com cerca de 1.250 funcionários, decidiu pela greve no dia 4 de abril, sendo acompanhada pelos 550 trabalhadores da base do Rio de Janeiro, que aderiram à paralisação após assembleia realizada no dia 7 de abril.

Em nota, a Eletronuclear afirmou que a greve não compromete a operação nem a segurança das usinas nucleares. A empresa declarou ainda ter apresentado uma proposta de acordo, com reajuste integral de salários e benefícios pelo IPCA, no percentual de 3,69%.

Fonte: Petronotícias | Edição: Rodrigo Mariano / Senge RJ | Foto: Petronotícias

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