No primeiro semestre deste ano, o ONS, de maneira oportunista, valendo-se de um conflitointerpessoal entre nosso representante sindical Neyl e sua chefia, o demitiu sem sequer considerar a possibilidade de aplicação de medidas alternativas de resolução de conflito ou, ainda, medidas punitivas alternativas. Para agravar a situação, após tentativa de negociação de transferência para outro setor, como alternativa de pacificação do conflito, um representante da companhia apresentou o tosco argumento de que não haveria mais “clima” para sua permanência na empresa como um todo. Classificamos essas ações como oportunistas e antissindicais, que visaram causar insegurança aos trabalhadores organizados do ONS com o desligamento abrupto de uma liderança sindical, fundadora do ONS, reconhecida por todos pela contínua defesa e representação de seus pares, que o elegeram, sucessivas vezes, por mais de uma década, como o seu legítimo representante sindical na empresa, pelo SENGE-RJ.
Não satisfeita em realizar este desligamento absurdo a poucos meses da aposentadoria do nosso representante, a empresa, recentemente, na última rodada de negociações entre a empresa e a Intersindical ONS, no âmbito do ACT, por meio de um dos seus representantes na mesa de negociações, valendo-se da ausência de representantes deste sindicato neste dia, num ato covarde, portanto, afirmou, diante da reivindicação dos trabalhadores por uma proteção efetiva dos representantes sindicais eleitos pela categoria, que o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro nunca teria formalizado a eleição do Neyl como representante do sindicato, como se a empresa só o reconhecesse por “consideração” e como se este sindicato, que no último dia 22 de setembro completou 94 anos de lutas, fosse formado por um bando de irresponsáveis e amadores. Mesmo diante de imediatos protestos da Intersindical, a mentira foi sustentada em mesa. Foi um show de cinismo, hipocrisia, falta de ética e certeza de que uma mentira absurda dessas seria respaldada pela alta gestão da empresa, apesar da existência de um código de ética e de um discurso interno de valorização e respeito aos seus trabalhadores.
Diante desse conjunto de impropérios, mostramos aos trabalhadores reunidos em assembleias as comprovações do usual envio dos ofícios do SENGE-RJ notificando o ONS, com protocolo ou confirmação de recebimento, dos resultados das eleições em que o nosso representante Neyl foi eleito pela base, desbancando, de forma inequívoca, a mentira veiculada em mesa de negociação e restabelecendo a verdade a respeito da legitimidade e do compromisso de luta com a classe trabalhadora, compromisso este que o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro mantém há quase um século.
Por fim, lamentamos e repudiamos que tais manobras estejam sendo normalizadas e endossadas pela alta gestão do ONS. E que reste muito claro à empresa que este sindicato já testemunhou, sempre do lado de dentro das trincheiras, as lutas mais duras que esse país já viu na defesa da
classe trabalhadora e da soberania nacional. Se o ONS quiser guerra, estamos prontos!