Engenharia recebe com otimismo anúncio do Novo PAC e defende fortalecimento do Estado

O programa foi dividido em sete eixos: transportes, infraestrutura urbana, abastecimento de água e esgoto, inclusão digital, transição energética, infraestrutura social e defesa.

Foi lançado, hoje (11/8), o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo governo federal, no Rio de Janeiro. Além de novos investimentos em infraestrutura, um dos objetivos do Novo PAC é retomar obras paralisadas durante a Operação Lava Jato que quebrou a engenharia nacional, as empresas brasileiras e a economia. Dentre estas obras, serão selecionadas as de maior impacto econômico e efeito multiplicador com capacidade de destravar outros investimentos. A previsão é de 1,7 trilhão de reais em investimentos e geração de 4 milhões de postos de trabalho.

O pacote ainda aponta uma série de medidas institucionais em parceria com o Tribunal de Contas da União para garantir melhoria e aprimoramento das regras de contratação e segurança jurídica com responsabilidade e ética. Uma das novidades é o comprometimento com o meio ambiente e um crescimento sustentável por meio de um plano de transição ecológico.

Nós, engenheiros e engenheiras da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros), vemos com otimismo o anúncio do PAC para a retomada da indústria nacional e da economia. A Lava Jato foi um processo político de setores conservadores que priorizaram o mercado internacional e entregaram o nosso país e a nossa soberania. Empresas foram fechadas, demissões em massa, fechamento de parques da indústria naval, privatizações, desaquecimento da economia e desesperança. As nossas empresas brasileiras precisam voltar a serem referências no mercado internacional com expansão de crédito e incentivos. O fortalecimento do Estado é uma exigência histórica.
Desde o golpe ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil recuou em muitos índices sociais e econômicos. Voltamos ao Mapa da Fome com brasileiros sem ter o que comer. A agricultura familiar sofreu um revés de financiamento, afetando diretamente a produção de alimentos e a agronomia. Os últimos anos foram de sombras e de ataques à engenharia e à classe trabalhadora.

Hoje, o anúncio do Novo PAC reforça a esperança para unir e reconstruir o Brasil de forma coordenada e sustentável, além de direcionar esforços de investimentos em nossas estatais, tendo como carro-chefe a Petrobras que cumpre papel estratégico de segurança e transição energética e sustentabilidade. Ademais, os investimentos em obras de infraestrutura significam também a geração de emprego e renda e o fortalecimento de um ciclo virtuoso de pesquisa, inovação e ciência.

O Brasil voltou, e voltou com a engenharia e a soberania nacional para reduzir as desigualdades sociais e regionais.

Em defesa da engenharia nacional, do povo brasileiro e da soberania nacional.

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros

 

Fonte: FISENGE
Imagem: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

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