MANIFESTO DE ENGENHEIROS E ENGENHEIRAS
O QUE ESTÁ EM JOGO NESTAS ELEIÇÕES
Na reta final das eleições presidenciais, faltando pouco mais de uma semana para a votação, o atual presidente da República lança mão de todos os recursos ilegais que a máquina governamental lhe proporciona e a Justiça lhe permite – fazendo vista grossa às chamadas “bondades”, principalmente com os mais pobres. Pelo lado do governo, além do vale-tudo eleitoral, montado com uma eficiente máquina de propaganda e produção de “fake news”, o “orçamento secreto” distribui bilhões em dinheiro público, por meio de seus aliados no Congresso, com a finalidade única de tentar reverter a situação eleitoral que lhe é adversa, com pouco tempo para tirar a diferença.
Com a intensificação das atividades de campanha, vale a pena uma breve reflexão sobre o que de fato está em jogo neste momento de extrema gravidade para os destinos do Brasil, com implicações em todos os aspectos relevantes e estratégicos para a sociedade.
Trata-se da economia, de confrontar um projeto de liquidação do patrimônio público na “bacia das almas”, como tem feito Bolsonaro com a Petrobras e a Eletrobras, de aumento da fome, da inflação e do desemprego, como vimos já ao longo de um mandato desastroso.
Trata-se da defesa da Amazônia, que vem sendo destruída em proporções galopantes e que não aguentaria mais quatro anos de total franquia para grileiros, desmatadores e garimpeiros ilegais continuarem sua sanha destrutiva.
Trata-se de desaparelhar o governo com cerca de 8 mil militares ocupando cargos civis, com a finalidade de implementar um projeto de longo prazo e sustentável de garroteamento das liberdades políticas no país.
Trata-se de reconstruir o prestígio do Brasil no exterior, reduzido e identificado com a pecha de “Republiqueta de Bananas”, pelas palhaçadas presidenciais no exterior em suas últimas viagens, coadjuvado por uma política internacional irresponsável e encabeçada por ministros incompetentes e do baixo-clero da nossa diplomacia.
Trata-se de trazer o nosso sistema de C&T aos tempos atuais para desempenhar o papel que lhe é reservado nas sociedades modernas. Com os crescentes cortes de recursos da ciência e da educação, o governo Bolsonaro regrediu seu financiamento ao patamar do ano 2000, com seriíssimas implicações para o nosso futuro como nação.
Trata-se de estabelecer um controle estrito das armas e inverter a prioridade para uma política de segurança pública que privilegie a vida das pessoas e não as chacinas das populações mais pobres das comunidades, identificadas pelo atual presidente como generalizadamente constituída por bandidos e malfeitores.
Ou seja, é a possibilidade de reversão desses cenários de destruição em amplos segmentos que a eleição de LULA PRESIDENTE proporciona a toda população brasileira. Com a saída de Bolsonaro e muito provavelmente com a sua condenação por inúmeros crimes cometidos contra os brasileiros e contra toda humanidade, será possível realizar um plano de reconstrução nacional, pacificar o campo da política e desestimular o crescimento da truculência entre as pessoas, coibindo o emprego da violência contra as mulheres e as populações que sofrem de toda sorte de preconceitos e maus-tratos por conta do racismo estrutural, da homofobia e da misoginia.
Estarão em confronto no próximo dia 30 de outubro esses dois projetos. O da não-violência, da convivência com ideias diferentes e das disputas políticas no campo da democracia, contra as visões armamentistas, antidemocráticas e da superioridade do mais forte pelo poder do dinheiro e do porte de armas.
LULA PRESIDENTE!
Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2022
DIRETORIA
Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE RJ)
Foto (detalhe): Brasil de Fato/Chokito/divulgação