Buscando somar para o debate social acerca da ressignificação da Cannabis sativa a partir do ponto de vista agroecológico e da agricultura familiar, a quinta live do projeto Quintas Agroecológicas promoverá um debate fundamentado sobre a maconha, seus usos medicinais e científicos, industriais e recreativos.
Entre as principais pautas do tema estão as dificuldades enfrentadas no campo da pesquisa científica, graças ao preconceito enraizado em instituições públicas e privadas. “Por causa dessa postura, as iniciativas sobre o tema são individuais, geralmente articuladas pela sociedade civil e suas associações, enfrentando grande dificuldade na construção de leis e formação de alianças no legislativo estadual e federal para fazer avançar o tema”, destaca Jorge Antonio Cacá, diretor do Senge RJ e membro da comissão de Comunicação do XII Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA). “Vamos discutir as perspectivas, inclusive dentro do Plano Safra, dessa cultura, principalmente no que diz respeito à agricultura familiar e ao uso medicinal, que exige uma plantação livre de agrotóxicos”, finaliza.
Além de Jorge Antônio, a mediação do quinto encontro preparatório para o CBA contará com Dennys Zsolt Santos, diretor do Senge RJ e membro do grupo de Estudos Agronômicos e Químico-Farmacêutico da Cannabis Medicinal Para Uso Humano e Veterinário da UFRRJ e do Grupo de Trabalho de Fitoterapia do Cremerj.
Os debatedores convidados do dia 14/09 serão o agrônomo e mestre em economia Edson Martins, analista da Embrapa Agrobiologia RJ; a engenheira agrônoma, mestre em Produção Vegetal e doutora em Acofisiologia Vegetal, Ingrid Trancoso, consultora de Cultivo de Cannabis e membro do Canapse; a cientista social, mestre em antropologia e doutora em Sociologia, Luciana Barbosa e o biólogo, mestre em Agroecologia e doutor em Genética e Melhoramento com enfoque em Cannabis, Renato de Traglia Tonini.
A live poderá ser acompanhada pelo YouTube do Senge RJ, a partir das 20h, em www.youtube.com/@SengeRJ1.
O Congresso Brasileiro de Agroecologia
As lives são parte das atividades preparatórias para um grande reencontro: depois de três anos de hiato em função do distanciamento social imposto pela pandemia, o Congresso Brasileiro de Agroecologia volta, no próximo mês de novembro, a promover a troca de experiências e saberes entre agricultoras/es familiares, pesquisadoras/es, comunidades tradicionais e movimentos sociais de diferentes países e estados brasileiros. Entre os eixos temáticos do congresso estão o manejo de agrossistemas, políticas públicas e Agroecologia, sistemas agroalimentares e economia solidária, crise ecológica e mudanças climáticas, agriculturas urbanas, educação, saúde, campesinato e soberania alimentar, entre outros.
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