Partiu nesta quarta-feira (29), aos 93 anos, o jornalista, o guerreiro, escritor e editor José Maria Rabelo, referência para a imprensa do país, pela coragem, humanidade e ética que regeram toda a sua vida.
Mineiro, de Campos Gerais, chegou ainda jovem em Belo Horizonte, iniciando sua vida jornalística no antigo Informador Comercial, hoje Diário do Comércio.
Por suas ideias democráticas, defendidas com destemor, precisou se exilar durante a ditadura militar, em 1964. Viveu os golpes do Brasil da Bolívia e do Chile. Ao lado da esposa, grande amor e não menos guerreira, Thereza Rabelo, e dos sete filhos menores, ele esteve na Bolívia, no Chile e na França. Sempre atuante, passou 16 anos no exterior.
De volta ao Rio, em 1979, foi diretor do semanário “Pasquim” e da revista “Cadernos do Terceiro Mundo”. Presidiu e integrou a direção nacional do PDT, Partido Democrático Trabalhista, em Minas, durante 18 anos.
Em Belo Horizonte, fundou nos anos 50 o jornal Binômio, precursor da chamada imprenas alternativa, e criou as editoras “Passado & Presente” e “Barlavento Grupo Editorial”. Colaborou com artigos nos principais órgãos da imprensa do Estado. E assinou coluna no jornal alternativo carioca “Bafafá”, editado até os dias atuais pelo filho Ricardo.
O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ) e o seu Movimento SOS Brasil Soberano lamentam sinceramente a perda do brilhante jornalista e se solidarizam com toda a família.
José Maria Rabelo, presente!
Senge RJ/SOS Brasil Soberano
FOTO: Fernando Rabelo