Neste sábado, 6 de fevereiro, o Observatório do Direito à Água e ao Saneamento (ONDAS) completará dois anos. A entidade ganha importância cada vez maior, conforme se tornam mais agudas as tentativas de captura pelo mercado de direitos universais, como o acesso à água. Um ataque evidente, por exemplo, está no modelo de privatização da Cedae, no Rio de Janeiro, destaca Clovis Nascimento, diretor administrativo do ONDAS, que é também vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ) e secretário-geral da Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros. “A luta vai ser dura ao longo deste ano, e o ONDAS cumpre um papel crucial na mobilização e na produção de informações estratégicas para subsidiar legisladores, formuladores de políticas públicas, formadores de opinião, Judiciário e sociedade civil”.
Por meio de sua coordenação colegiada e com a colaboração de seus associados, a entidade vem realizando a missão que inspirou sua criação: promover a ação conjunta, autônoma e crítica de instituições acadêmicas, de movimentos sindicais e sociais de todo o país, pela efetivação dos direitos à água e ao saneamento, por meio da gestão pública e democrática.
Durante o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA ), que aconteceu em 2018, em Brasília, entidades sociais, sindicais e acadêmicas resgataram o antigo projeto de criação de um observatório nacional com o objetivo de ser um canal de produção e difusão de conhecimento e de atuação política direcionado ao direito à água e ao saneamento e à prestação por entidades públicas dos serviços de saneamento básico universalizados, acessíveis e de qualidade, com participação e controle social. Assim, e sob a mesma consigna do FAMA – Água é direito e não mercadoria –, em 25 de abril daquele ano ocorreu o lançamento político do ONDAS, a Universidade de Brasília (UnB).
O Observatório trabalha na perspectiva de que, a partir da produção e disseminação de dados, análises e estudos críticos, seja possível enfrentar, de modo mais efetivo, o processo de mercantilização da água e de privatização do saneamento, que tende a dificultar o acesso ao serviço, principalmente por parte da população mais pobre.
Sempre é importante destacar um dos princípios constitutivos do ONDAS: “Construção e fortalecimento da prestação dos serviços de saneamento básico de natureza pública, baseada nos princípios de solidariedade, equidade, universalidade, integralidade com participação e controle social.”
Neste link, aqueles que desejem se juntar a essa luta podem se associar ao ONDAS.
– Com informações do ONDAS