Foto: Ana Paula Bispo
Por Carol Westrup – SENGE-SE
“As indústrias precisam atender as necessidades da sociedade brasileira, e não de interesses do capital internacional”, defende Alan Paes.
Essa foi a frase que norteou a apresentação do engenheiro naval, Alan Paes, no II Simpósio SOS Brasil Soberano. Trazendo dados sobre o cenário industrial no Brasil, Alan Paes reforçou os dois desafios para a potencialização da industrialização nacional.
“Temos dois caminhos para um projeto de desenvolvimento nacional, aumentar a industrialização e/ou melhorar a capacidade técnica das industrias nacionais que existem. Nossas exportações são, na grande maioria agrícolas, precisamos estabelecer uma política de desenvolvimento que garanta que as nossas potencialidades tecnológicas sejam utilizadas para produzir riqueza e socializar para a sociedade”, defende Alan.
Tentando desconstruir a ideia de que não existe tecnologia produzida no Brasil, o engenheiro levantou o histórico de grandes empresas nacionais, tendo como exemplo a indústria naval.
” Existe uma falsa impressão de que o Brasil não produz tecnologia, isso não é verdade. Existem segmentos que estão na vanguarda no processo de industrialização, como é o caso na engenharia naval, aviária, mas temos uma falta de continuidade e investimentos em inovação tecnológica, essa é a questão”, relata Paes.
Paes finaliza a sua apresentação no II Simpósio SOS Brasil Soberano na necessidade de “pensar a soberania nacional, a partir de uma sociedade do conhecimento que tem como uma das moedas mais caras, a tecnologia, entretanto, isso precisa estar a serviço da sociedade. As industrias precisam atender as necessidades da sociedade brasileira, e não de interesses do capital internacional”, ratifica