O SENGE-RJ promove, no dia 31 de março, o primeiro seminário do simpósio “SOS Brasil Soberano”. Ao todo serão realizados quatro encontros com o objetivo de discutir um projeto concreto de país até 2035. O primeiro seminário será no Rio de Janeiro, no auditório da Faculdade Mackenzie, na Cinelândia.
As três palavras-chave do simpósio são: engenharia, soberania e desenvolvimento. O presidente do SENGE-RJ, Olímpio Alves dos Santos, explica a importância da engenharia na luta pela soberania nacional.
“Não estamos colocando a engenharia no centro, mas estamos colocando que não tem desenvolvimento, nem soberania, sem engenharia”, defende.
Olímpio afirma ainda que é momento de propor ações concretas.
“O governo tem nos colocado constantemente na defensiva, com a Reforma da Previdência, a terceirização, a Reforma Trabalhista, e nós ficamos lutando contra isso, apenas nos defendendo. Nós temos que nos colocar. Nesse simpósio vamos construir propostas”, afirma o presidente do SENGE-RJ.
Livro e filme
Olímpio conta também que, após o simpósio, serão produzidos um livro compilando os documentos produzidos em cada um dos seminários, e um filme.
“Após o último seminário, queremos continuar divulgando essas ideias pelo Brasil. Vamos sair de cada seminário e do simpósio com um texto de proposta e também com um filme. Ao final, teremos um filme mais longo, de em torno de 15 minutos, e um livro, com a visão de um Brasil em 2035. Esse livro será um contraponto ao que fez Michel Temer ao descontruir o país em 20 anos com a PEC 55, que leva o Brasil para um beco sem saída”, explica.
Os seminários
Realizado no Rio de Janeiro no dia 31 de março, o primeiro seminário tem como tema “Contra a crise, pelo emprego e pela inclusão”. Segundo Olímpio, o objetivo é elaborar “um plano de emergência” e mostrar “que temos saídas diferentes” do que está sendo colocado.
Ainda sem data e local definidos, os outros três seminários discutirão o papel e a importâncias das empresas estratégicas para explorar os recursos naturais brasileiros e a necessidade de repensar a questão do poder no Brasil.
“As empresas estatais brasileiras foram capturadas por uma lógica que não interessa à soberania nacional. Elas viraram moedas de troca na política. Então, devemos discutir qual modelo de empresa estratégica nos interessa”, defende o presidente do SENGE-RJ.
Olímpio critica também a destruição das empresas de engenharia por conta das investigações da Operação Lava-Jato.
“Quem comete crime é CPF. Nós temos que ter a tranquilidade de propor outro modelo porque o que está aqui não nos interessa. Após a Segunda Guerra, eles tiveram a lucidez de salvar as empresas e punir os responsáveis. Porque a empresa era um repositório de conhecimento que não pode ser destruído. Aqui no Brasil, nós estamos destruindo todas as empresas de engenharia e estamos abrindo mercado para as empresas estrangeiras.”
O presidente do SENGE-RJ defende ainda que é necessário discutir a questão do poder político no país.
“As mudanças não acontecem apenas na vontade, no discurso. Temos que discutir a questão do poder. Não adianta ter políticas sociais se você não tem capacidade de assegurá-las politicamente, se não constrói um arcabouço de apoio de poder político.”
O SOS Brasil Soberano será entre as 9h e as 17h, no auditório da Faculdade MacKenzie, Av. Rio Branco 277 – 3º andar. Confira a programação aqui.