Foto: Adriana Medeiros
O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ) celebrou, na última sexta-feira (04), 85 anos de história. A cerimônia, realizada no Salão Nobre do Fluminense Football Clube, nas Laranjeiras, contou com a presença da diretoria, representantes sindicais, funcionários, parceiros e políticos e representantes de movimentos sociais.
Durante a cerimônia, os presentes destacaram a situação política do país, com o presidente golpista Michel Temer e os projetos em curso para retirar direitos do cidadão, com a PEC 55, que prevê o congelamento de gastos em saúde e educação por 20 anos. Para o presidente do SENGE-RJ, Olímpio Alves dos Santos, os engenheiros são fundamentais nessa luta.
“Fazer 85 anos não é fazer 85 dias. É uma longa jornada. O SENGE-RJ sempre foi importante nas lutas de construção desse país, que está ainda a construir. Nesse momento, não vamos faltar em hipótese alguma nessa luta. Não vamos abrir mão dessa luta”, defende Olímpio.
“São 85 anos de uma história que nos orgulha muito. Estamos atravessando um momento muito difícil da política brasileira, mas o Sindicato dos Engenheiros continua na trincheira, participando da luta pela redemocratização do Brasil, pela conquista de mais direitos para a classe trabalhadora. Não vamos admitir nenhuma perda. Vamos continuar a trajetória do SENGE-RJ que nesses 85 anos tem muito nos orgulhado. Fazer parte dessa equipe que continua trabalhando em prol da coletividade brasileira é fundamental. A participação dos engenheiros e engenheiras no Brasil que queremos é fundamental”, completa Clovis Nascimento, vice-presidente do SENGE-RJ e presidente da Fisenge.
Para a diretoria Virginia Brandão, é preciso discutir o papel das mulheres na engenharia.
“A mulher engenheira não teve quase espaço. Nós tivemos que lutar por ele. É tudo muito difícil para a mulher, primeiro na educação, que a família apoie que a mulher vá estudar engenharia. Na faculdade, hoje em dia tem mais meninas, mas na minha época nós éramos bem poucas. Em geral, a mulher é muito forte porque enfrenta todas essas dificuldades, em um meio com muitos homens que, geralmente, são muito machistas”, defende Virgínia., que faz parte do Coletivo de Mulheres da Fisenge.
Para a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), o SENGE-RJ nunca se limitou a uma luta puramente coorporativa.
“Ele sempre avançou além de uma luta específica da categoria. Trabalham muito a questão da soberania nacional e das empresas públicas. Esse Sindicato sempre cumpriu e continuará cumprindo um papel muito importante”, afirma.
A jornalista Claudia Santiago Gianotti, uma das fundadoras do Núcleo Piratininga de Comunicação, concorda:
“O SENGE-RJ tem uma história de luta, uma história bonita de resistência e de preocupação com os interesses gerais da sociedade. Nunca se prendeu a defesa dos interesses da categoria. É um sindicato aberto, que se preocupa com uma vida melhor para cidade e para os trabalhadores em geral. Um sindicato como esse em um momento em que os trabalhadores sofrem um tremendo ataque nos seus direitos, a importância dele se torna ainda maior. Tenho certeza que o SENGE-RJ junto com a Fisenge vai cumprir esse papel de resistência contra a entrega dos direitos”, afirma Claudia.