Uma vingança. Assim foi interpretado pela base aliada de Dilma Rousseff a aceitação de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, do pedido de impeachment da presidenta da República protocolado pela oposição do governo.
Era 2 de dezembro do ano passado e, poucas horas antes, a bancada do PT na Casa havia decidido votar contra Cunha em um processo em que o peemedebista é acusado de quebra de decoro parlamentar por manter contas secretas no exterior e por ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015.
Daí por diante, o processo se desenrolou favoravelmente à oposição e aos partidos que se aliaram a ela desde o início deste ano. Este grupo, que conta com a participação de boa parte do PMDB, é acusado pelos aliados de Dilma de golpista, por querer ocupar o Estado sem se submeter a eleições democráticas.
Para relembrar como se desenrolou o processo de impeachment nos últimos nove meses, acesse a linha do tempo feita pelo Brasil de Fato aqui.