Fonte: Fisenge
Foi lançado, no dia 30/7, o Movimento Nacional em Defesa do Sistema Elétrico Brasileiro, durante ato contra a privatização da Companhia Energética de Goiás (CELG). Liderado pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), o movimento tem o objetivo de barrar as privatizações previstas no Programa Nacional de Desestatização (PND). De acordo com o diretor da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Gunter Angelkorte, a Eletrobrás está irredutível quanto à privatização da CELG. “Mais uma vez, a empresa reafirmou o processo de entrega da Companhia, inclusive propondo a retirada da CELG da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Esta é uma tentativa de isolar a empresa com o objetivo de facilitar a privatização”, afirmou Gunter, que também participou da segunda rodada de negociação do ACT, no dia 31/7, em Brasília.
Há previsão de leilão para privatização para novembro de 2015. Além disso, desenvolver a conscientização da população quanto ao processo de privatização que leva ao sucateamento e à precariedade das empresas, permitindo que as condições de trabalho dos eletricitários e técnica do sistema regridam drasticamente. “O ato foi muito importante com a participação de sindicalistas de todo o Brasil, políticos locais, federações e centrais sindicais. Ao final, fizemos um grande abraço no entorno da CELG. Leilão é privatização e vamos lutar contra o desmonte do setor elétrico”, disse o diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Pernambuco (Senge-PE), Maílson Silva, que também representou a Fisenge na manifestação.
Nas empresas privatizadas as mortes agora são rotinas principalmente em empreiteiras onde a pressão por metas, ausência de equipamentos de proteção e o aumento da jornada de trabalho são ainda mais evidentes. Lideranças sindicais ainda destacaram que onde ocorreu a alienação das ações das empresas estatais o valor das tarifas elevou exponencialmente.
Participaram do ato a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune), Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais entidades sindicais e movimentos sociais.