(Foto: Mariana Pitasse)
Fonte: Brasil de Fato
Nesta sexta-feira (27), diversas frentes de esquerda se reuniram no ato unificado “Democracia, soberania e desenvolvimento”, que aconteceu no Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo São Francisco, no Rio de Janeiro. A manifestação foi construída por movimentos sociais, organizações políticas, artistas, intelectuais e forças progressistas como um esforço de debater uma unidade de ação diante da atual situação do país.
O auditório ficou lotado para escutar os discursos. Nele, estavam reunidos nomes como o ex-ministro Celso Amorim, o senador Lindbergh Farias (PT), Vitor Guimarães, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB).
Estiveram ainda presentes, o desembargador Lédio Roda de Andrade, o sociólogo Edson Santos, Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres, Leda Paulani, da Escola de Economia da Universidade de São Paulo, Marianna Dias, presidente da União Nacional de Estudantes (UNE), o músico Pereira da Costa e o ator Chico Dias. O ex-ministro Celso Amorim destacou em sua fala a diversidade dos que estavam reunidos no auditório.
“Aqui está representado o Brasil em toda a sua multiplicidade. É muito importante estarmos aqui para discutir esse momento crítico que o país está vivendo. Momento em que o trabalho escravo é legalizado. Isso revela uma faceta de um lado tenebroso que nunca vivemos no país”, alertou.
A deputada federal Jandira Feghali destacou que o golpe está se aprofundando de maneira acelerada e que por isso a unidade na luta é muito importante.
“É capaz de se articularem para não termos eleições em 2018. Temos que lutar contra isso e a luta não se faz nas diferenças. Vamos parar de nos dividir. O que está em jogo é o nosso país e a vida das pessoas. Temos que nos levantar”, discursou a deputada federal, em meio a muitos aplausos.
Para Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres, que representou no ato a Frente Brasil Popular, a importância da manifestação está justamente expressa na união.
“A luta nos faz nos reencontrar mais uma vez e temos que ocupar espaços como esse de hoje. Essa conexão nos faz estabelecer nossa resistência” , complementou.
Vitor Guimarães, do MTST, representando a Frente Povo sem Medo, destacou que o ato é uma das tentativas de diálogo para construir tentativas de resistência para o Brasil.
“O debate aberto é um recado claro de que estamos alertas aos ataques e que estamos juntos nesse diálogo para construir a melhor saída”, reforçou.
Entre as diversas entidades que organizaram o evento, estavam a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, o Projeto Nação Brasil, a Frente Parlamentar Mista pela Soberania Nacional, o Clube de Engenharia, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz , o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil, Juristas pela Democracia, a Frente Evangélica pelo Estado de Direito e a Frente Parlamentar Mista em defesa da Engenharia.