Nesta sexta-feira (7), a CUT e demais centrais sindicais, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizam, por meio da Campanha de Solidariedade e do “Fora, Bolsonaro”, o Dia de Luta e de Luto. O objetivo é realizar uma mobilização nacional de base nos sindicatos, partidos, igrejas e comunidades para marcar o dia com ações de solidariedade, principalmente diante da pandemia de covid-19. Esta semana, o Brasil deve bater 100 mil mortos pela doença, um sinal urgente da necessidade de parar o governo genocida de Bolsonaro. Veja ao final do texto a agenda de atos e como participar, em casa ou na rua.
“É preciso que a população manifeste sua insatisfação com este governo”, afirma Sérgio Nobre, presidente da CUT. “Nós alertamos no início da pandemia, em março, que, se o governo federal não abraçasse e coordenasse uma política e um processo de isolamento social para que pudéssemos sair rapidamente dessa crise, preservando vidas e empregos, o país vivenciaria uma enorme tragédia.”
Além do número de mortes diárias que não cede há dois meses, o Brasil, segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, tem 12,4 milhões de trabalhadores desempregados. A incompetência ou descaso com a pandemia é tamanha que, de março até 25 de junho, o Ministério da Saúde gastou apenas R$ 11,4 bilhões ( 29%) dos R$ 38,9 bilhões que seriam destinados ao combate ao novo coronavírus. O valor foi revelado em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), obtida pelo jornal Folha de S. Paulo.“A maioria das mortes tem atingido os trabalhadores, os pobres e a parte mais vulnerável da população brasileira”, afirma Sergio Nobre.
Além disso, o presidente da CUT ressalta que o país vive uma nova pandemia, a de demissões e fechamento de empresas, em especial as micro e pequenas, que têm, entre seus proprietários, ex- trabalhadores que investiram suas poupanças e reservas financeiras em um negócio para manter suas famílias. “São ex-bancários, químicos, metalúrgicos, gente que perdeu o emprego e que como única forma de sobrevivência, montou seu pequeno negócio para sustentar a sua família e agora está vendo o seu negócio fechar.”
Enquanto isso, de acordo com o relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe”, da Oxfam Brasil, divulgado no dia 27 de junho, os ricos ficaram mais ricos durante a pandemia de covid-19, entre março e junho deste ano. Mais especificamente, 42 bilionários do Brasil aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões no período, o equivalente a aproximadamente R$ 177 bilhões.
Por todos esses motivos é que a próxima sexta-feira será o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos (#7deagostolutapelavida). Convocada pela CUT e demais centrais, as manifestações serão simbólicas para respeitar o distanciamento social necessário para ajudar a evitar a disseminação da Covid-19.
100 minutos de paralisação, um para cada mil vidas perdidas
►Serão feitas paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho, em homenagem aos 100 mil mortos e que neste período as pessoas parem para refletir sobre o que está acontecendo no Brasil.
Segundo o presidente da CUT, será um minuto de paralisação para cada mil mortos no Brasil, como homenagem àqueles que partiram e também como forma de prestar solidariedade e empatia pela dor dos familiares dessas vítimas. E ao mesmo tempo é um alerta de que o país precisa mudar de rumo. “No dia 7 participe dessa mobilização, pare por 100 minutos. Que esta data seja um grande dia para homenagear aqueles que partiram e exigir mudança de rumo do país”, conclui Sérgio Nobre.
A programação das ações do 7 de Agosto em todo o País será divulgada nos sites e redes sociais das centrais, das suas estaduais e seus sindicatos. Serão respeitados todos os protocolos sanitários durante as manifestações. #7deagostolutapelavida #ForaBolsonaro.
Como participar do Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos
- Use a hastag #7deagostolutapelavida
- Colocar cruzes brancas em locais de grande circulação de pessoas ou em pontos turísticos das cidades, circundando uma faixa (da cor preta) com a inscrição Fora Bolsonaro (em branco)
- Realizar ações nas ruas com a identidade visual da campanha como colagem de lambe, “adesivaços”, faixas em viadutos e circular com carro de som nas comunidades. Todos esses materiais estão disponíveis em um kit mídia no site da Campanha (https://www.campanhaforabolsonaro.com.br/ )
- Organizar carreatas pelas principais avenidas com carros identificados com a campanha Fora Bolsonaro, conduzidos por um carro de som
- Estimular que todas as pessoas coloquem um pano preto nas janelas de suas casas como simbologia de adesão à campanha
- Por fim, participar e divulgar o tuitaço que será realizado às 11 horas do dia 07 de agosto.
Todas as ações acima devem respeitar os cuidados sanitários e de distanciamento social.
Fonte: com informações da CUT Brasil e da Rede Brasil Atual