Por Mário Augusto Jakobskind
O que o governo Fernando Henrique Cardoso não conseguiu fazer em dois mandatos, o do golpista entreguista Michel Temer acabou de anunciar. Ou seja, o Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho anunciou que a Eletrobrás será privatizada, possivelmente será abocanhada por alguma multinacional, como sempre quis o ex-presidente Cardoso. Os golpistas estão cumprindo um programa com o apoio externo. Está clara a estratégia e o motivo pelo qual decidiram se apossar indevidamente do governo brasileiro.
E diariamente são anunciados favorecimentos à continuidade da entrega de mão beijada do que resta das estatais. Hoje é a Eletrobrás e com a explicação (mentirosa) de que a conta de energia elétrica vai baixar para o consumidor. Foi o que disse o Ministro Coelho Filho, representante do governo golpista no setor. Mas a presidenta deposta, Dilma Rousseff, que já foi Ministra de Minas e Energia disse exatamente o contrário. O tempo dirá quem está com a razão.
Com o argumento de quem decide pela privatização é sempre o mesmo, é perfeitamente plausível saber de antemão com quem está a verdade. FHC e seus asseclas do PSDB, hoje acompanhados do PMDB, do DEM e outros partidos da mesma linha, há anos usam os mesmos argumentos destinados a enganar a opinião pública e que com o passar dos anos ficam claros. A privatização anunciada, que em breve poderá ser a vez da Petrobras, vai ser defendida com unhas e dentes pela mídia comercial conservadora e pelos colunistas de sempre.
Todo esse esquema de entrega faz parte do iniciado com o golpe de 2016 quando o hoje putrefato Michel Temer divulgou a tal “ponte para o futuro”, um projeto que na verdade teve início no governo de FHC que não conseguiu entregar tudo o que queria. O Estado brasileiro pós Cardoso se fortaleceu, da mesma forma que as conquistas sociais, que estão sendo riscadas do mapa desde a ascensão dos golpistas de 2016. Estes jamais voltariam ao poder através de eleições diretas e já se preparam para um novo golpe, defendido ostensivamente pelo PSDB e pelo putrefato Michel Temer, qual seja a instituição de um regime parlamentarista, que viria sem nenhum tipo de consulta popular. Por enquanto se discute no Congresso uma ridícula reforma política, na verdade uma brincadeira de mau gosto que ofende brasileiros e brasileiras.
Os golpistas temem qualquer tipo de eleição onde o povo seja o principal protagonista e não os atuais integrantes de um Congresso desmoralizado por ser integrado por políticos como Romero Jucá, Tasso Jereissati, Aécio Neves e tantos outros do mesmo naipe. Os golpistas de 2016 querem se eternizar no poder para conseguir que o retrocesso seja definitivo. Essa é a realidade e que somente o despertar do povo brasileiro poderá conter tamanha sem-vergonhice de políticos integrantes de partidos como o PSDB, DEM, PMDB e demais apoiadores do tal centrão, que cobram a fatura por terem evitado que o putrefato Michel Temer fosse julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Em suma, o Brasil não merecia tanto retrocesso.