Fonte: CUT
Escrito por Sindicato dos Bancários do Rio
Primeira etapa das negociações terminou na sexta-feira (19). Proposta da Fenaban de reajustar em 7% os salários e a PLR é insuficiente. Comando Nacional dos Bancários indica greve para o dia 30. Agora, a decisão é por conta dos bancários. Assembleia é nesta quinta-feira, 25, e na segunda, 29, na Galeria dos Empregados do Comércio, Av. Rio Branco, 120/2º andar, ambas a partir das 18h.
Na sexta-feira (19), a Fenaban apresentou sua proposta global: 7% de reajuste nos salários, na PLR, no cestão, no tíquete e no auxílio creche/babá. Ofereceu também 7,5% de reajuste no piso salarial. Os 7% de reajuste salarial representam 0,61% de aumento real e os 7,5% no piso salarial aumentam 1,08% acima da inflação.
Queremos mais
A reivindicação de reajuste salarial é de 12,5%, bem acima do que a Fenaban oferece. Diante da insuficiência da proposta e da ausência de itens fundamentais, como o fim das metas abusivas e do assédio moral, o Comando Nacional dos Bancários decidiu indicar greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 30 e convocou assembleia nesta quinta-feira, dia 25, para deliberar a greve nacional. No dia 29, outra assembleia será realizada para organizar o movimento.
Por que duas assembleias?
Entenda porque a categoria precisa realizar duas assembleias: A Lei de Greve (7.783/89) regulamenta o direito de greve, garantido pela Constituição Federal. Por esta lei, as entidades sindicais dos trabalhadores ficam obrigadas a comunicar a decisão da greve, aos patrões e aos usuários dos serviços, com 72 horas de antecedência. Então, para evitar eventuais embaraços jurídicos, o Sindicato respeita esse preceito legal explicitado nos artigos 2º e 13º da lei e o calendário de negociação.
Bancos públicos
O Banco do Brasil, cuja negociação estava agendada para o dia 26, decidiu antecipar a rodada para esta quarta-feira (24). A direção da Caixa Econômica Federal também chamou para uma negociação na mesma data. Caso os bancos públicos não apresentem propostas dignas, a antecipação da negociação poderá até acirrar ainda mais os ânimos para a greve nacional.
“Não existe fórmula mágica. O êxito da campanha nacional da categoria depende do nível de participação de todos. Os bancários e bancárias têm demonstrado nas caravanas que realizamos nos bairros unidade e muita vontade de participar de nossa mobilização nacional. A assembleia é um ótimo começo para demonstrarmos ainda mais a nossa força e darmos o recado aos bancos que queremos mais”, disse a presidenta em exercício do Sindicato, Adriana Nalesso.