Mais uma vez foi adiada a votação do Projeto de Lei 762/2007, que obriga as concessionárias dos serviços de gás canalizado a realizarem vistorias gratuitas nas residências e comércio. A votação seria realizada nesta terça-feira (03), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas a apresentação de cinco Emendas do Plenário retirou o Projeto da pauta. A data da nova votação não foi definida.
Antonio Gerson, ex-diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), reclama “do absurdo que é um Projeto do maior interesse da população permanecer por 6 anos em discussão, e após sofrer várias emendas, ser aprovado por cinco Comissões, e ainda ficar engavetado por longo período, no momento em que é colocado para ser votado, em regime de urgência, é retirado da pauta por conta da apresentação de novas emendas apresentadas no plenário”. Estavam presentes, acompanhando a discussão na Alerj, parentes de pessoas vitimadas em acidentes ocorridos por problemas em instalações de gás, inclusive da neta de Cândido Portinari.
Para Gerson, assim como ocorreu no caso dos “bueiros explosivos” e que foram interrompidos porque milhares de vistorias foram feitas identificando situações de risco, obrigando a eliminação dos problemas antes de novos acidentes, “a aprovação do projeto de lei, tornando obrigatórias as vistoria das instalações internas de gás, certamente irá evitar novas mortes, além de ajudar na divulgação de informações que vão orientar as pessoas para que possam utilizar gás com segurança”.
O Projeto de Lei 762/2007 tem o apoio do Senge-RJ, do Crea-RJ, do Sindipetro-RJ,de várias associações de moradores, e do movimento Morte por Gás Nunca Mais.