Entre as muitas preocupações que as tecnologias de inteligência artificial levantam está a substituição de trabalhadores por bots. Para alguns setores, esse fenômeno já é realidade — e acaba de avançar com uma parceria milionária entre o banco norte-americano Goldman Sachs e a startup Cognition.
Devin, um agente autônomo de IA criado para atuar como engenheiro de software, foi “contratado” para integrar a equipe do Goldman Sachs, segundo maior banco de investimentos do mundo em receitas.
A ocupação de espaços que poderiam ser destinados a trabalhadores, desta vez, veio com força. Em entrevista à BBC, Marco Argenti, chefe de tecnologia do Goldman Sachs anunciou a incorporação de centenas de bots. Segundo estimativas, Devin realizará para a empresa o equivalente ao trabalho de 12 mil programadores humanos.
Trabalho híbrido
Embora a contratação dos “funcionários de IA” chame atenção, o banco afirma que não houve substituição da força de trabalho e defende o modelo de mão de obra híbrida. A IA ficará responsável por tarefas repetitivas e trabalhosas, como atualizar linguagens de código obsoletas — sempre sob supervisão de um funcionário humano.
Devin tem sido usado para tarefas básicas como escrever e-mails, resumir documentos e é capaz de desenvolver aplicativos completos com pouca interferência humana. O “trabalho híbrido” descrito por Argenti já vem sendo adotado por empresas como Google, Microsoft e Salesforce. A estimativa é que a IA já gere entre 30% e 50% do código de projetos. No banco norte americano, o objetivo é elevar a produtividade dos desenvolvedores em até quatro vezes.
Com informações do “Engenharia É” e Exame