Fonte: Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vai inaugurar uma sala de defesa dos direitos da mulher, com atendimento psicológico e jurídico para vítimas de violência. O anúncio foi feito na terça-feira (7) pela deputada Renata Souza, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Para Renata, os números de feminicídios no estado do Rio são alarmantes. “De acordo com o Instituto de Segurança Pública [ISP], houve aumento de 22% nos casos em 2022 em comparação ao ano anterior. No estado do Rio, 103 mulheres foram vítimas de feminicídio no ano passado”, disse a parlamentar.
<Veja aqui os números do boletim Elas vivem: dados que não se calam, lançado a segunda-feira (06) pela Rede de Observatórios da Segurança, que registrou 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, 495 deles feminicídios, dos quais 60% concentrados no Rio de Janeiro e São Paulo>
Segundo a deputada, é preciso aumentar o orçamento para políticas públicas destinadas à mulher no estado do Rio de Janeiro. “Orçamento significa prioridade do governo para um determinado tema”, disse Renata, ao participar de audiência pública sobre os crescentes casos de feminicídio, na sede do Legislativo fluminense, no centro da cidade.
A coordenadora da Rede de Observatórios em Segurança Pública, Silvia Ramos, disse que, no ano passado, o estado do Rio registrou aumento de 45% nos casos de violência contra a mulher. “O que temos é o retrato de uma catástrofe civilizatória. Há muito trabalho pela frente em prevenção dos casos, em elucidação e punição dos crimes”, afirmou a pesquisadora.
Foto: Rio de Janeiro (RJ), 07/03/2023 – A coordenadora geral da Rede Observatório de Segurança, Silvia Ramos, fala durante audiência pública sobre o tema “Os crescentes aumentos dos casos de feminicídio no estado do Rio de Janeiro”, na Alerj, centro da cidade. — Tânia Rêgo/Agência Brasil Tânia Rêgo/Agência Brasil