O documentário “Dedo na ferida”, de Silvio Tendler, inaugurou a sala de cinema do Centro de Formação e Cultura Marielle Vive, aberto no dia 4 de setembro no cinturão de locais que animam a Vigília Lula Livre do Acampamento Marisa Letícia, em Curitiba. O diretor participou da estreia do espaço, no dia 5, debatendo com jovens cineastas, ao lado do presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Clovis Nascimento, e do presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Olímpio dos Santos.
Produzido pelo Senge-RJ e pela Fisenge, o filme apresenta a teia global do capital financeiro e suas manobras para atacar os Estados de bem-estar social e as democracias, ouvindo economistas e estudiosos do país e do exterior. Em Curitiba, as pessoas entraram no novo cinema guiadas pela artista popular Susi Monte-Serrat, ao som de “Para não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré.
O Centro de Formação e Cultura Marielle Vive fica a cerca de 100 metros da Superintendência da Polícia Federal (PF), onde Lula é preso político. Conta com a sala de cinema, com capacidade para 150 pessoas, muro aberto a exposições, jardim, viveiro de mudas e minhocário, cozinha comunitária para o pessoal da vigília. O documentário “Dedo na ferida” também foi exibido em Curitiba para o APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.
“A união popular em torno das causas da justiça e da solidariedade é crucial neste momento em que o fascismo tenta medir forças com a democracia no país”, afirmou Clovis Nascimento. Segundo Olimpio dos Santos, “Lula, preso na PF, irradia as ideias fundamentais para a luta em defesa de um projeto popular e soberano para o Brasil.”