O Coletivo de Mulheres da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros) presta toda solidariedade à Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, vítima de violência política durante a sessão de ontem (27/5), no Senado. Convocada a prestar esclarecimentos sobre a criação de unidades de conservação na região Norte do país, Marina teve seu microfone cortado diversas vezes, foi interrompida e foi desrespeitada como chefe de Estado.
Um dos senadores pediu que ela “se colocasse em seu lugar” e outro parlamentar afirmou: “Eu não estou falando com a mulher. Eu tô falando com a ministra (…) Porque a mulher merece respeito, a ministra não”. Este parlamentar, meses atrás, já havia dito: “Imagine o que é tolerar Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la” como expressão de violência política com alusão à violência física.
Ao se retirar da Comissão, Marina demonstra grandeza política ao não tolerar desrespeito e violência política. Nós, mulheres, lutamos muito pela conquista do voto feminino e pela ocupação dos cargos de poder e seguimos lutando por espaço e respeito ao exercício cidadão da democracia no Parlamento e em todos os espaços. Esse ambiente acontece em um momento de intensa disputa política sobre a preservação ambiental na região Norte em contraponto à exploração e devastação.
Repudiamos os atos de violência política dos senadores que não merecem sequer serem nomeados. Uma sociedade de bem-viver precisa estar comprometida com os direitos políticos das mulheres.
Coletivo de Mulheres da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros)
Fonte: Fisenge | Foto: Lula Marques/Agência Brasil EBC