Realizada nesta terça-feira (07) a primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2012/13 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A reunião ocorreu na sede da empresa, com participação dos representantes do Sindicato dos Engenheiros (Senge-RJ), dos Economistas (Sindecon-RJ) e dos Eletricitários (Sintergia-RJ) e representantes da empresa.
Os trabalhadores defendem um reajuste de 5,37%, segundo a inflação medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV – Dieese), mais 3,53% de ganho real, isto é, um ganho acima da inflação, acompanhando os valores reivindicados pelos trabalhadores do setor elétrico.
Eles também reivindicam um abono de 27,98% (baseado no ICV), para compensar a perda de massa salarial no período, que vai de maio de 2011 a abril de 2012.
A pauta, defendida pelos empregados da empresa, abrange também cláusulas como o auxílio creche, que atualmente prevê o reembolso de R$450,00, para meio período, e R$790,00, para período integral, para despesas com crianças de até seis anos. Os sindicatos defendem que estes valores sejam reajustados com base no índice de inflação com que o governo oficialmente trabalha, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplol (IPCA), medido pelo IBGE, e que hoje é de 5,1%, para a data base de 1º de maio de 2012.
Outro ponto discutido foi o que trata dos planos de saúde. O acordo atual prevê um reembolso de 50% do valor das despesas com planos de saúde médica e bucal. Os trabalhadores reivindicam que a participação da empresa suba para 90%.
Também foi discutida a gratificação de férias. A proposta prevê um adicional de 75% da remuneração recebida pelo empregado, conforme o percentual praticado no setor elétrico nacional.
A proposta para alterações nas atuais regras do banco de horas já foi elaborada por uma comissão de trabalhadores e representantes sindicais. Entretanto, aguarda aprovação em assembleia para que seja encaminhada para a empresa.
Em decorrência do atraso na assinatura do acordo de 2011, os trabalhadores solicitaram à empresa a garantia da data-base. O documento assegura que todos os benefícios, em vigor até 30 de abril de 2011, sejam mantidos até que o novo acordo seja assinado.