Funcionários da ELETROBRAS rejeitam proposta

A avaliação é consonante com a dos trabalhadores da Eletronuclear

Na assembleia do dia 25, os trabalhadores da Eletrobrás rejeitaram, com ampla maioria, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela holding na terceira rodada nacional de negociação, que aconteceu no dia 19, em Brasília. Além de criticarem o fato da empresa não garantir a retroatividade do reajuste de 8,17% para o período de maio a setembro, os funcionários também se opuseram ao tempo de validade do ACT proposto. A avaliação é consonante com a dos trabalhadores da Eletronuclear, que em assembleia ontem também se posicionaram contra o acordo.

Para Roberto Góes, representante sindical do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro, não é possível aceitar um acordo com validade de dois anos, especialmente em um contexto de instabilidade política e econômica como o que o Brasil enfrenta hoje. “A tendência é que, quanto maior o intervalo entre as negociações, maior o nível de incerteza. Negociações de menor prazo diminuem os riscos.” O último ACT, de dois anos, foi um caso excepcional na história da categoria. “A gente costuma assinar acordos de um ano. Da última vez, isso só foi diferente porque passou por determinação de um juiz.”

 

Dia nacional de luta contra a privatização e o desmonte do setor elétrico

Também foi consenso entre os trabalhadores reunidos na assembleia a realização da paralisação de 72 horas a partir da próxima segunda-feira (31). O grupo tirou como indicativo a realização de um ato na frente da Eletrobrás no dia 31, às 10h. A atividade faz parte do Dia Nacional de Luta Contra a Privatização e o Desmonte do Setor Elétrico, que compõe a agenda de lutas do Coletivo Nacional dos Eletricitários.

 

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