Em assembleias realizadas nesta segunda-feira (7), trabalhadores e trabalhadoras de Furnas decidiram suspender por 30 dias a greve iniciada no dia 17 de janeiro. O indicativo do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), pela aprovação da trégua, atendeu a uma sugestão do ministro Alexandre Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), relator das ações sobre o plano de saúde. Ele acredita na possibilidade, durante esse período, de as partes chegarem a um acordo. Na holding Eletrobras, na Eletronorte e na CGTE Eletrosul, outras assembleias devem votar ao longo do dia de hoje e de amanhã se acompanham a decisão.
Como próximo passo, a representação dos trabalhadores vai peticionar junto ao TST a confirmação da suspensão temporária da greve, já a partir de terça-feira (8), e os pontos do plano de saúde a serem discutidos. Os(as) trabalhadores(as) de Furnas também resolveram que, se as empresas descontarem os dias parados, sem o entendimento prévio com o TST, a categoria retomará imediatamente a paralisação das atividades.
Felipe Araújo, diretor financeiro-administrativo do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Associação dos Empregados de Furnas (Asef), destaca a importância de os trabalhadores de todas as empresas integrantes do movimento no sistema Eletrobras se manterem mobilizadas. “A greve não acabou”, ressalta. “Estamos seguindo o rito proposto pelo TST, para as negociações avançarem. Mas continuamos unidos e dispostos a assegurar que os trabalhadores e trabalhadoras não sejam sobrecarregados com custos de saúde e perdas de direitos consagrados.”
Se, após os 30 dias de suspensão da paralisação, não houver acordo com relação à cláusula do plano de saúde no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para a mitigação do impacto de novas formas de pactuação do plano de saúde sobre a remuneração dos trabalhadores e trabalhadoras, o ministro do TST fará uma audiência de conciliação.
Atualmente, diz Felipe, pelo menos um em cada três trabalhadores de Furnas não suporta o desconto do plano de saúde em folha e não tem margem para consignar os novos valores de custeio. “Quando falta margem consignada em folha para pagar o plano de saúde do trabalhador e de seus dependentes, com 60 dias, o CPF do titular é suspenso, e, em 90 dias, cancelado do plano.”
Foto: reprodução FNU
*Canal aberto aos eletricitários para denunciar assédio moral ou coerção durante esse período.*
Está aberto um canal de denúncias para os trabalhadores do setor elétrico mobilizados, caso sejam vítimas de constrangimentos, assédio moral ou qualquer tipo de pressão para trabalharem de forma abusiva nesse período de suspensão da greve.
*Saiba mais:* 👇
https://www.fnucut.org.br/canal-de-denuncias-aos-eletricitarios-sobre-assedio-moral-ou-coercao/
Para acessar o canal basta clicar no link: https://salveaenergia.com.br/escuta-digital
*Resistência na luta, até a vitória!* ✊
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