A greve geral convocada pelo conjunto das centrais sindicais brasileiras, que será realizada nesta sexta-feira (30), será acompanhada por atos de rua em todo o país, chamados por centrais sindicais. As manifestações também contarão com o apoio e mobilização das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
No Rio de Janeiro (RJ), o protesto acontecerá a partir das 17 horas, com concentração na Candelária, no centro da cidade. A ideia é unir forças à mobilização convocada por alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que passa por um momento complicado de cortes de verbas e periga fechar. Confira abaixo a relação de locais e horários das mobilizações pelo país.
Em São Paulo (SP), a atividade deve ocorrer na Avenida Paulista, a partir das 16 horas. Ao menos outros 14 estados já marcaram atividades semelhantes.
Em Belo Horizonte (MG), a manifestação ocorre às 9 horas na Praça da Estação. Já em Porto Velho (RO), será realizada às 8 horas na Praça Três Caixas D’Água. Em Fortaleza (CE), acontece às 9 horas na Praça da Bandeira.
Ainda na agenda de combate às reformas, os presidentes das centrais devem ser recebidos em audiência no Senado para manifestar sua posição contrária às reformas nesta terça (27). As entidades já sinalizaram que pretendem realizar uma manifestação em Brasília (DF) na data da votação final da reforma trabalhista, ainda indefinida
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Nesta segunda-feira (26), os bancários de São Paulo se reuniram em assembleia na quadra do sindicato e decidiram por unanimidade paralisar as atividades.
Trabalhadores das refinarias, plataformas e centros de distribuição da Petrobras também vão aderir à paralisação. A decisão é resultado da em assembleia da Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizada na última quinta-feira (22). A greve da categoria, que começa nesta sexta, deve se estender por tempo indeterminado nas refinarias contra o desmonte da estatal.
Os metroviários de São Paulo e os trabalhadores dos Correios também indicaram apoio ao dia de greves e protestos das centrais sindicais.
Pautas
Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, que integra a Frente Brasil Popular, indica que as pautas são as reformas do governo Michel Temer, em especial as mudanças na Previdência e na legislação trabalhista. “Como os movimentos estão juntos, os atos [de rua] incluem a questão da saída de Temer e a convocação de eleições diretas”, afirma.
Para Edson Carneiro, secretário-geral da Intersindical e integrante da Frente Povo Sem Medo, é necessário derrotar politicamente o governo para que as reformas sejam vencidas.
“Pelo que estamos acompanhando, o Senado até pode votar antes a matéria da [reforma] trabalhista, mas não em plenário. A expectativa é que a votação em plenário se dê depois, na primeira ou segunda semana de julho. Esperamos realizar um grande dia de luta, apontando que a manutenção de Temer ou a substituição por eleição indireta significam a agenda de desmonte de direitos, proposta pelo grande capital”, avalia.
Pressão
Para Carneiro, as manifestações populares já têm surtido efeito sobre o Congresso. Um exemplo seria a rejeição da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, por 10 votos a 9:
“Na votação da CA, houve votos contrários ao relatório de Ricardo Ferraço [PSDB-ES] até de senadores da sua própria legenda. Alguns parlamentares da base do governo votaram contra o governo. Isso aponta que a mobilização social, principalmente a greve geral do dia 28 de abril e a ocupação de Brasília em 24 de maio, surtiu efeito. Claro que isso também está combinado com a crise do governo, que vai perdendo as condições de se sustentar”, analisa.
Lista de atos pelo país
Recife – PE
Praça do Derby às 15h
Petrolina – PE
Praça do Bambuzinho às 8h30
Curitiba – PR
Boca Maldita às 17h
Foz do Iguaçu – PR
Bosque Guarani às 8h
Belo Horizonte – MG
Praça da Estação às 9h
Uberlândia – MG
Praça Ismene Mendes às 16h
Salvador – BA
Campo Grande às 15h
Teresina – PI
Praça Rio Branco às 8h
Picos – PI
Fórum às 7h
Palmas – TO
Avenida JK (Colégio São Francisco) às 8h
Maceió – AL
Praça dos Martírios às 10h
Vitória – ES
Assembleia Legislativa (ALES) às 12h
Aracaju – SE
General Valadão às 14h
Porto Velho – RO
Praça das Três Caixa d’água às 8h
Cuiabá – MT
Praça Ipirança às 15h
Rondonópolis – MT
Praça Brasil e Praça dos Carreiros às 8h
Sinop – MT
Praça da Bíblia às 7h
São Luís – MA
Frente ao Porto de Itaqui às 6h30
Fortaleza – CE
Praça da Bandeira às 9h
Rio de Janeiro – RJ
Candelária às 17h
São Paulo – SP
MASP às 16h
Sorocaba – SP
Praça Coronel Fernando Prestes às 9h