Guilherme Estrella reafirma importância das empresas públicas na soberania

Geólogo avalia que o controle do Estado sobre os bens estratégicos representa soberania nacional

Foto: Ana Paula Bispo

 

Guilherme Estrella, chefe da equipe que descobriu petróleo no pré-sal, em 2005, demonstrou preocupação frente à gravidade das consequências do desmonte de empresas públicas, como a Petrobrás. O geólogo participou da primeira mesa do II Simpósio SOS Brasil Soberano, realizado na quinta-feira (27), em Salvador.

Estrella defende que o controle do Estado sobre os bens estratégicos é o caminho para o Brasil se tornar um país soberano. “Estamos vivendo em um Estado absolutamente fantasmagórico. Ele tem origem nos interesses internacionais, que representam risco para a soberania e hegemonia do Brasil”, avaliou.

LEI DE PARTILHA

A descoberta do petróleo na camada pré-sal representou para o Brasil a possibilidade de criar condições de fazer um projeto amplo de país. Com esse objetivo foi criada a Lei de Partilha, que dava prioridade à Petrobrás na exploração dos campos descobertos em no mínimo 30%.

O entreguista José Serra conduziu a derrubada dessa lei e, hoje, qualquer empresa estrangeira pode explorar um bem estratégico e fundamental para o desenvolvimento do país. Vemos a entrega de bens essenciais e estratégicos, como o petróleo, para estrangeiros.

“Se não tomarmos providências e unir a população, vamos transformar o Brasil de uma potência em uma ameaça para si mesmo. O pior que pode acontecer com um país é deixar que suas oportunidades se transformem em ameaças.”, analisa Estrella.

 

VIRADA

“É importante vislumbrar um novo governo que anule os atos deste governo. O mal está feito, até com a implementação de novas leis. É fundamental alcançarmos a soberania nacional porque, apenas dessa maneira, podemos lutar contra essa agenda de perda de direitos”, avaliou.

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