Foto: Ana Paula Bispo
O vice-presidente do Senge Rio, Clovis Nascimento, o presidente do Senge Bahia, Ubiratan Félix, e o historiador e coordenador do projeto, Francisco Teixeira, participaram da abertura do II Simpósio SOS Brasil Soberano na manhã de quinta-feira (27), em Salvador.
Teixeira explicou que o projeto se propõe discutir medidas emergenciais sobre emprego, trabalho e inclusão social para lutar contra a mais aguda crise econômica, institucional e ética da História da República após o golpe de 2016, que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff.
“O projeto nasceu de longos debates no Rio de Janeiro, com o SENGE Rio e a Fisenge, para mobilizar as entidades e a população, organizar, desdobrar e enraizar a capacidade de luta do Brasil”, contou.
Na noite anterior ao evento, o Brasil sofreu mais um ataque. A Câmara de Deputados antecipou a votação da “reforma” trabalhista, aprovada por 296 votos a 177. A reforma altera mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Além disso, acordos e convenções passam a prevaler sobre a lei em 16 pontos diferentes, como jornada de trabalho, banco de horas anual, intervalo de alimentação mínimo de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente.
Poderão ser negociados ainda o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho.
O vice-presidente do Senge Rio, Clovis Nascimento, avalia que o país vive uma crise política e econômica sem precedentes.
“Sofremos um revés muito grande. Vemos hoje a mídia pautando muitas pessoas com essa narrativa perversa construindo um cenário para essa parcela da população. Esse simpósio tem o objetivo de informar a população. A Fisenge os Sindicatos de Engenheiros têm a obrigação de levar à população o que está acontecendo no país, o desmonte, a perda de direitos”.
Tatiana Bittencourt Dumêt, diretora da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, destacou que a engenharia tem um papel fundamental para o país sair da grave crise que enfrenta.
“Não é possível ter progresso sem engenharia forte. Ela é fundamental para chegarmos a um país mais justo e mais igual”, defendeu.
Também participaram da mesa de abertura Luciene da Cruz Fernandes, presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub Sindicato); Eleonora Lisboa Mascia, 1ª Vice-presidente da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA); Manoel Barretto, ex-presidente da CPRM, ex-diretor do Senge/BA e Fisenge, coordenador do SOS Brasil Soberano; Maria del Carmen, deputada estadual (PT-BA); e Caiuby Alves da Costa, presidente do Instituto Politécnico da Bahia.
O I Simpósio SOS Brasil Soberano foi realizado no Rio de Janeiro, no dia 31 de março. Os próximos simpósios serão em Belho Horizonte, nos dias 25 e 26 de maio, e em Curitiba, no dia 30 de junho. Saiba mais em www:sosbrasilsoberano.org.br e na página oficial no Facebook