As entidades de representação dos trabalhadores da Eletrobras/Furnas, que compõem a Intersindical EletroFurnas, vêm a público repudiar o ato covarde da Eletrobras ocorrido hoje pela manhã. Mais uma vez as pessoas que se dizem dirigentes da Eletrobras dilaceraram a paz na vida de uma série de pais e mães de família. Pessoas trabalhadoras com deficiência que superam suas dificuldades diariamente para trabalhar na Eletrobras, entregar resultados e sustentar os seus, foram sumariamente demitidas.
A demissão de pessoas com deficiência seria, por si só, uma decisão vil, mesquinha e desumana. Não aderente aos discursos de ESG, sustentabilidade e boas práticas da Eletrobras. É muito fácil viver no discurso, mas na prática mesmo a Eletrobras age de forma desleal e sorrateira. Muitos destes trabalhadores estão na empresa há mais de 15 anos.
É importante frisar que estas pessoas estão sendo comunicadas de demissão no meio de um processo de tentativa de negociação de Acordo Coletivo de Trabalho.
A prioridade neste momento, deveria ser sim a de viabilizar a primarização destes pais e mães de família trabalhadores. A empresa deveria agir de maneira inclusiva e eficaz, e para isso, seria essencial adotar práticas que promovam a igualdade de oportunidades, acessibilidade e respeito. Não o oposto! É lamentável e revoltante.
A direção da Eletrobras não está preocupada com o balanço social da empresa. Só enxergam lucros, dividendos, altos salários e bonificações para executivos e conselheiros.
Para além de ser um absurdo como iniciativa, a prática destas demissões é ilegal! Uma vez que, desde 11 de maio de 2022, o Tribunal Regional do Trabalho do RJ garantiu em acórdão do corpo de desembargadores “por unanimidade” que estes trabalhadores não deveriam ser dispensados: descumprimento de ordem judicial!
Portanto, as entidades de representação da Intersindical EletroFurnas vai em busca dos direitos destes trabalhadores que só querem ser tratados de forma digna e justa.
Vamos começar uma grande campanha com atos públicos, daremos conhecimento aos parlamentares parceiros, à grande imprensa e, claro, ao poder judiciário. Não vamos sossegar enquanto a Eletrobras não voltar atrás desta atitude covarde e perversa.
É preciso uma profunda reflexão de todos. Até que ponto vai a ganância humana? Até onde vai a fome por dividendos e altos salários? Será que toda a Eletrobras será dilacerada para saciar os desejos do Deus Mercado? E o que os novos conselheiros indicados pelo Governo Federal pensam sobre esta insensatez? Diante de tantos absurdos, a nós cabe resistir, denunciar e ir à luta, pois somente a luta muda a vida!
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
SINTERGIA-RJ – SINDEFURNAS – STIEESP – SINERGIA/CAMPINAS – STIU-DF – STIEENNF – STIEPAR – SINEFI-PR – SINERGIA-ES – SINDEL – SINDUR – SENGE-RJ – SINAERJ – SINDECON – ASEF – AEEL – ASEC