A embarcação Madleen, da Coalizão Flotilha da Liberdade, foi atacada por forças israelenses nas primeiras horas desta segunda-feira (9), enquanto navegava em águas internacionais rumo à Faixa de Gaza. O navio levava ajuda humanitária à população palestina sitiada e foi interceptado por volta das 2h no horário local, conforme relataram ativistas a bordo.
De acordo com os relatos, drones equipados com sistema de disparo automático cercaram o barco, borrifando-o com uma substância branca semelhante a tinta. As comunicações foram interrompidas à força, e sons perturbadores passaram a ser emitidos via rádio para desorientar a tripulação. “Eles estão interferindo no rádio, não podemos pedir ajuda!”, denunciou Thiago Ávila, ativista brasileiro presente na missão.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel, por sua vez, confirmou a detenção do barco e dos tripulantes. Pelas redes sociais, a pasta chamou ironicamente a missão de “iate das celebridades” e disse que todos “os passageiros devem retornar para seus países de origem”. Em um vídeo compartilhado pela conta oficial da Chancelaria israelense, é possível ver os tripulantes da Flotilha recebendo água e comida.
A Coalizão da Flotilha da Liberdade é formada por organizações civis e movimentos populares de diversos países e atua de forma não violenta contra o bloqueio imposto por Israel a Gaza, considerado ilegal por tratados internacionais e condenado por diversas resoluções da ONU. A ativista Greta Thunberg, a parlamentar palestino-francesa Rima Hassan, o brasileiro Thiago Ávila, entre outras pessoas fazem parte da tripulação da embarcação.
Fonte: Brasil de Fato | Texto: Igor Carvalho